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sábado, 6 de novembro de 2010

Singularidades de uma rapariga loura - Eça de Queirós - resumo e comentário sobre O desertor - Silva Alvarenga

O desertor (Poema), de Manuel Inácio da Silva Alvaregnga (comentário)

O desertor, também conhecido como O desertor das letras, foi escrito pelo poeta árcade Silva Alvarenga. É o primeiro poema herói-cômico da literatura brasileira, feito em homenagem à inauguração da estátua eqüestre de D. José I. A construção da estátua fazia parte do projeto pombalino para celebrar a reconstrução de Lisboa depois do desastroso terremoto de 1755.

Publicado em 1774, O desertor faz uma crítica satírica aos hábitos e comportamentos de parte da juventude do período, firmando-se como um dos textos mais importantes para o estudo da ilustração luso-americana no século XVIII. Revela o otimismo do autor em relação à Reforma da Universidade de Coimbra como uma vitória das Luzes e da Ciência contra a escolástica. Ressalta na intencionalidade do autor, expressa na introdução teórica ao poema, que ele tinha a intenção de fazer de seu poema uma arma estética a favor da Reforma e isso se expressa na forma combativa como ele o estrutura.

É nesse poema que ficam claras as opções estéticas do poeta. Observa-se uma afeição ao Arcadismo que tinha como princípio a defesa da razão contra aos exageros das expressões vazias carregadas de metáforas e paradoxos inócuos do Barroco. Como bom adepto da Ilustração, Silva Alvarenga, em seus poemas, exalta o papel das ciências. Caracteriza-se pelo entusiástico apoio dado ao Marquês de Pombal pela civilização do ensino, revolucionária reforma educacional feita na Universidade portuguesa que destituiu os jesuítas das funções de administração e magistério até então exercidas. Essas reformas visavam extirpar da educação portuguesa as marcas deixadas pelo método peripatético utilizado nas escolas da Companhia de Jesus, instituição que era, desde meados do século XVI, a grande responsável pelo ensino português.

O desertor é um poema relativamente curto: narra, ao longo de cinco cantos – compostos de decassílabos brancos.

Singularidades de uma rapariga loura (Eça de Queirós)

O narrador tratava-se de um viajante que chegado a uma hospedaria durante o jantar iniciou uma conversa com um homem que mais tarde veio ser apresentado como Marcário. O viajante perguntou a ele se ele era da Vila Real e tendo uma resposta afirmativa comentou que de lá vinham as mais belas mulheres. Marcário, em seguida, se calou e perdeu o sorriso se retirando da mesa.

Depois disso o viajante foi para seu quarto, o de número 3, que por coincidência era o mesmo de Marcário e foi ali na escuridão da noite que ele contou ao viajante a sua história.

Marcário trabalhava com seu tio Francisco, um caixeiro. Ele era um homem honesto, fiel ao seu trabalho, vivia uma vida simples e casta, mas que o satisfazia. Foi então que um dia viu no peitoral da janela defronte a do seu escritório uma linda mulher, pálida, vestida de luto e com lindos cabelos negros. Pensou nela o resto do dia e no dia seguinte, até que viu no peitoril da janela uma moça jovem, em seus vinte anos, diferente da outra que aparentava os quarenta anos, e esta era dona de também lindos cabelos loiros. Logo a julgou filha da mulher de luto.

Não demorou para que Marcário se apaixonasse pela vizinha. E assim já não era o mesmo, sempre desfrutando dos nervos que a paixão causava. Em um dia, as vizinhas, mãe e filha, como ele acreditava, foram à loja que ficava no andar térreo do prédio de seu tio. As duas procuravam por casimiras pretas, e a única justificativa para duas mulheres estarem procurando tal produto era o interesse em se aproximar de Marcário. Assim alegremente ele desceu e falou a elas sobre como aquelas casimiras eram de qualidade. Depois elas olharam alguns lenços da Índia.

Mais tarde, o tio Francisco disse ao sobrinho que lenços da Índia tinham sumido.
Seguidamente Marcário viu na rua um amigo, este retirou o chapéu de palha que levava para cumprimentar as duas senhoras que estavam no peitoril. Imediatamente Marcário foi ter com ele, perguntou-lhe se as conhecia, se eram boa gente, de boa família e se tinha meio de ele as conhecer melhor.

Logo Marcário começou a freqüentar o mesmo serão que elas, e em seguida a casa das duas. Foi em uma dessas reuniões que ele e Luisa – este era o nome da loira – se aproximaram. Em uma delas, um dos convidados exibia uma jóia que adquirira e a balançava no ar encantando Luisa. Em dado momento, a peça caiu no colo da menina, mas ninguém a encontrou.

Ao longo desses fatos, Marcário decidiu casar-se com Luisa. O motivo foi um beijo puro que deram. Pediu ao tio licença pra casar, surpreendentemente esse não permitiu e como o sobrinho insistia no casamento, Francisco o despediu como empregado e familiar. Assim Marcário, decidido, partiu da casa do tio levando seus poucos pertences e crente de que emprego não lhe faltaria, pois era bom empregado.

Começou em uma hospedagem, mas logo se mudou de lá. Não conseguia emprego! Os que conheciam seu serviço não o contratavam porque isso os levaria a romper as relações com o tio Francisco. Sendo assim, Marcário foi vendendo seus poucos bens até chegar ao dito estado de miséria. Por essa razão, ele passou a ver Luisa apenas durante a noite, porque assim ela não via o estado de pobreza que suas roupas demonstravam.

Foi então que o seu amigo do chapéu de palha lhe fez uma proposta: servir no Cabo Frio. Falou com Luisa pedindo que ela o esperasse e assim partiu, passou por muitas coisas muitas vezes desagradáveis, mas finalmente voltou e com fortuna feita. Assim, ele pediu a mão de Luisa e a mãe dela o aceitou de braços abertos.

Porém, o amigo do chapéu de palha lhe pediu uma alta quantia de dinheiro emprestado, e como foi ele quem o ajudou em outros tempos, Marcário se tornou fiador. Essa situação não perdurou, pois o tal amigo fugiu com uma mulher e o negócio, assim como Marcário, faliu.

Assim, com o casamento adiado, Marcário foi falar com o tio mais uma vez (em outro momento ele já tinha ido falar com ele). O emprego e tudo mais estavam ali disponíveis, mas ele só poderia voltar se fosse ficar solteiro. Então Marcário veio procurar o tio pela última vez: para dizer adeus. Surpreendentemente o tio o aceitou de volta e também o casamento. Os bons tempos voltaram e o casamento foi marcado para um ano depois.

Faltando seis meses para Marcário se casar, ele e Luisa foram comprar o anel de noivado, demoraram a escolher, mas por fim decidiram-se. Marcário voltaria no outro dia para buscar o anel que precisava ser ajustado. Saíram alegremente da joalheria, porém o dono da loja os chamou de volta e disse que Marcário tinha se esquecido de pagar, não o anel que buscaria no outro dia, mas o que Luisa estava levando com ela.

Em poucos segundos, Luisa, assustada, entregou o anel ao noivo que pagou o preço dele, afirmando que ela tinha só se enganado e que não fora nada, mas bastou que os dois ficassem sozinhos para que ele, ali mesmo na rua, desmanchasse o noivado: não se casaria com uma ladra.

E esse foi o desfecho da história contada por Marcário ao viajante.

Por Rebeca Cabral

Um comentário:

  1. mãe...
    eu mudei o design do blog...
    mas era para a anna carolina trocar do dela..
    pq eu jah tinha coclocado aquele perfil...humm...
    to gostanu do livro sim.. padre doido sô....bjaum
    amu maisss

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