Professor por vocação

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Nós...

quarta-feira, 14 de abril de 2010

...E falando de amor e de palavras e de trabalhos de literatura...

...Sabe que essas histórias que viram filmes sempre têm por trás um autor observador e sensível o bastante, que viveu ou viu alguém viver alguma coisa terrivelmente marcante... Ou às vezes não. Eles simplesmente, escrevem sobre algo que gostariam de ter vivido. Acho que não pensam muito sobre isso. O que marca é sempre a intensidade dos sentimentos ou a capacidade que as pessoas têm de se deixar envolver pelo que os outros escrevem, por puro prazer, ou pela vontade de compartilhar o que sentem. O amor no Romantismo literário é idealizado demais pra parecer real, e infinito demais pra parecer possível; muitas vezes, é egoísta demais pra permitir que o eu-lírico ou que o personagem viva e sinta; platônico demais pra parecer amor...
Mas em todas as análises, concentre-se na relação concreta que há entre os sentimentos e as palavras. Muito do que se sente não é passível de ser descrito. Mas através das palavras, nós nos mantemos vivos para o outro. A palavra nos eterniza e nos reconfigura. Não... Ela nos imortaliza, aos olhos alheios.
Escrever sobre uma ideia que se tem, sobre uma opinião, uma réplica, um aparte. Algo que impressionou ou que chocou ou que ficou gravado na memória. Talvez o importante não seja convencer as pessoas mas fazer com que elas saibam como e o quê pensamos. Não ter intimidade com as palavras é de certa forma compreensível, mas é só uma questão de prática, afinal se não nos fizermos ouvir, vai ficar faltando o que deveria vir de nós.
No livro PS. I love you ( eu juro que vou me lembrar do nome da autora e posto depois), Gerry e Holly são apaixonados mas ele adoece e morre deixando-a sozinha e em completo desespero. (A morte romântica...Sempre ela!). Antes de morrer porém, prevendo a dificuldade de Holly em se recuperar da perda, ele lhe escreve cartas que a orientarão entremeio ao vazio da dor, de forma que, com a ação do tempo e do destino, ela possa voltar a viver e a ser feliz de novo.
O livro é docinho, como quase tudo o que é romântico, mas é sensível e inteligente ao extremo. Contemporâneo o suficiente para abrir mão dos exageros sentimentais dos românticos-padrão, e pra ver a morte como um ponto de referência, ou algo a ser superado ao invés de idealizá-la como a chave para a felicidade, até porque...
o que eles mesmos entendiam de felicidade?
Escrever cartas, atualmente tá meio fora de moda...mas eu não conheço nada mais clássico pra tocar o coração de alguém. Podem ser cartas, emails, mensagens, scraps, bilhetes, apaixonados, irritados, grosseiros, sem palavras até...porque há o que não pode ser dito...Mas sempre, as palavras. Mesmo silenciosas. Mesmo meio mudas...
E há o amor. De preferência, o que estivermos estudando...no caso aqui, o dos Românticos...



Nâo há???

Uma prévia sobre a morte romântica...

Eu sempre achei que a morte era um fim muito trágico nos livros e que deveria estar reservado somente aos vilões, e como castigo. Mas é interessante pensar na morte vista pela visão dos escritores do Romantismo, por exemplo. Imagine o que era a morte para Edgar Allan Poe (ver: seminarioeua.blogspot.com), que idealizou inclusive um mensageiro pra ela? Ou se considerarmos "Heathcliff" e os Morros Uivantes de Emilly Brönte (ver:menininhasdosegundoano.blogspot.com), ou atualmente, Stephenie Meyer e o vampiro Edward, badaladíiiiiissimo...e com tanto de Romantismo nas veias (petrificadas, aliás). Ou ainda algum dos escritores brasileiros como Álvares de Azevedo e sua morte realmente precoce e pessoal com menos de 25 anos, e todas as vezes que pediu pra morrer em seus poemas...
E o suicidio de Werther (ver:romantismoalemao.blogspot.com), em 12 horas de agonia?
E os heróis que precisam morrer pra que nasça o mito?
Se alcançarmos os ideiais da Revolução Francesa, o que teria significado a morte de um ou de todos os mosqueteiros do Rei Louis XIV, ou mesmo a do arrogante e corajoso garoto D'Artagnan (ver:grupogga.blogspot.com)? O que há de romântico na morte do "Pequeno Príncipe"/ "Le petit prince" de Exupery (considerando-se que tendências não respeitam o tempo).
Tristão, Robin Hood ou Wilhiam Wallace, cujo tamanho era inferior aos de seus generais mas que era visto como um gigante pelos que não o conheciam. Imagine o que significou seu sacrifício aos olhos de seus comandados...
No mínimo uma Escócia liberta.
A morte é filosoficamente a verdade incontestável da vida, mas na literatura, ela serve a propósitos diferentes por isso deve ser vista sob vários olhares.
Como por exemplo o da curiosidade de quem me questionou sobre os padrões clássicos (aqueles muito aclamados antes do Romantismo) e, estudando a Grécia (ver:grupogcel.blogspot.com) descobriu tantos deuses lindos e horrendos, com seus comportamentos realmente humanos e mundanos, entrando em contato com a morte literária e levando-a pra dar uma volta no rio das almas, com direito a Caronte e Cérbero e Hades e as Parcas...
Filmes atuais, essencialmente românticos que falam do amor como forma de se superar a morte, e dela como um "deixar de existir", muito relativo, porque deixar de existir não significa deixar de amar.
O exagero do amor nos românticos se equivale ao sentir desesperado que não acomete os céticos, nem os ateus, nem os frios, nem os mortos...
Dizem que morrer é o fim...Para alguns literatos,em seus estilos particulares e inquestionáveis, ela é apenas "um detalhe"...
Porque o amor não morre...
Pelo menos não para os românticos.



"You have to do this... You have to do this for me...
Because What about me if you go to this night?"

Uma história de amor tem a ver com magia.
Ninguém surge do nada, sem dizer por que e simplesmente desaparece como se tivesse entrado com o vento pela janela entreaberta.
Sem explicações elas chegam...
Sem rastros, as pessoas imprescindíveis se vão...
Uma história de amor sugere confiança...
Tem a ver com estar ao lado, desde o momento em que ouvimos o vento soprando, até a hora em que a janela se fecha...
contra nossa vontade...

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Tornados...

Um lugar tão incomum, não poderia deixar de apresentar muita coisa incrível.
Dos índios ao clima...Tudo lá, parece meio imaginário, mesmo. O estado fica numa região do país conhecida como "um cinturão de tornados", porque a natureza programou pro lugar a combinação entre um relevo intrigante e um clima impiedoso. Ou dá pra imaginar isso aí, a olhos nus???










Oklahoma?? Massa demais..

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quinta-feira, 8 de abril de 2010

Quer uma mãozinha pra imaginar os cenários da Trajetória??

Bom...
A gente sabe que imaginar um cenário descrito por alguém é algo que foge um pouco da vontade consciente, mas não dá pra fugir demais. Principalmente se for um lugar que existe de verdade, comigo pelo menos,é assim. Minhas recriações mentais das ambientações tendem a ser bem fieis à descrição que o autor faz. Mas é importante ter imagens arquivadas; equipar a imaginação com flashes de memória consciente. E não custa nada dar uma mãozinha...
Oklahoma é assim. Curte aí...





Situado numa encruzilhada em termos geográficos e históricos e dotado de paisagens que vão das pradarias e terras planas às montanhas acidentadas e às densas florestas, Oklahoma é também caracterizado pela diversidade cultural e aloja uma das maiores populações de nativos americanos: cerca de 250 mil habitantes que descendem de 70 tribos índias.
Não é difícil imaginar pessoas como AJ e Dylan andando pelas estradas incríveis desse lugar meio incomum.



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  • O legado do Velho Oeste é particularmente significativo no estado, pois a região ficava tradicionalmente na rota das caravanas de gado e de colonos que se dirigiam para Sul. Além de ter sido declarada Território Índio pelo Governo, é como se Oklahoma fosse "o lugar" para acolher as comunidades deslocadas de nativos americanos. Melhor pra quem pode ter um cenário lindo como esse pra viver. Acho que histórias legais devem partir de ambientes incríveis, e pra ser incrível, não precisa ser de outro mundo...






  • Com mais de 50 parques, incluindo a Chickasaw National Recreation Area, com os seus belos lagos, ribeiros e nascentes, e o Wichita Mountains Wildlife Refuge, que exibe flora e fauna diversificadas, o Oklahoma oferece ao visitante um contacto privilegiado com a Natureza. Oklahoma é também o estado que abrange mais quilômetros da mítica Estrada 66, a «mãe de todas as estradas», como também é conhecida a via original que passou a ligar Chicago à Califórnia a partir de 1926. Já assistiu "Carros"? Então...é aquela rota mesmo que atravessa 48 cidades do estado e exibe marcos históricos como o Totem Pole Park, além de ser celebrada em locais como o Oklahoma Route 66 Museum, em Clinton, um museu inteiramente dedicado à «rua principal da América».










  • Para além de Oklahoma City, a capital do estado e maior cidade, outros centros urbanos atraem o visitante e oferecem atrações diversificadas, como é o caso de Tulsa, conhecida como «Capital Mundial do Petróleo» e dotada de belos edifícios Art Déco, de Bartlesville, que contém a Price Tower de Frank Lloyd Wright, o único arranha-céus criado pelo célebre arquitecto, ou de Tahlequah, capital da nação Cherokee, onde é possível conhecer a cultura e a história daquela tribo índigena.









  • O Cowboy Hall of Fame e o National Cowboy Museum são dedicados aos heróis do Velho Oeste. O Oklahoma State Museum of History e o Oklahoma National Memorial, que foi erguido em honra das vítimas do atentado terrorista ocorrido naquela cidade em 1995 são de cair o queixo...











  • Outros locais muito procurados em Oklahoma City são Bricktown, onde velhos armazéns foram transformados em elegantes restaurantes e clubes noturnos. Alguns cenários de "Bayker", a cidade fictícia da história, são inspirados nesses ambientes. A galeria no "Brights", onde acontece a perseguição de Anne pelos batedores de Ezra, logo no cap 1 "A busca",também foi inspirado nesses velhos armazéns. Espaços livres que viram locais pra se fazer muita coisa, inclusive arte... O Asia District, o bairro asiático cheio de restaurantes exóticos, (que é de onde vem o personagem "Chang"), e o Paseo Arts District, com os seus múltiplos cafés, galerias de arte e estúdios de artistas.
  • Oklahoma City é pra deixar qualquer história muito mais charmosa...