Professor por vocação

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Nós...

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

"Uai, "da roça", mezzz. E daí???

Por Patrícia Vicente


Olá, Pessoal!

Meu nome é Patricia Vicente, eu sou de Taparuba, do 3º Ano do Orlando e estou aqui para contar um pouquinho da minha experiência de ser “andarilha”, de sair daqui, cheia de planos e depois voltar, porque tudo aconteceu diferente.
Vamos lá...
Eu tinha curiosidade e vontade de ir embora. Ultimamente as coisas têm mudado, mas antes, sair de Taparuba era o melhor remédio, talvez a única opção pra muitos de nós. O problema é que nem tudo são flores quando a gente migra. Estou falando do preconceito de ser “da roça” porque as pessoas não sabem o potencial produtivo que nós temos e acabam confundindo nosso jeito reservado com ignorância!! Eles não conhecem o talento que existe por trás de um “UAI, SÔ”.
Foi na escola, em Vitória, que aconteceu o pior: a exclusão. Parece que a gente já vinha com a plaquinha de “sou de Minas, sou diferente, sou humilhável”.



Mas pior ainda era olhar na cara dos professores e ver que o interesse de alguns deles não estava ali, vc que é aluno, muitas vezes não tem base pra fazer os exercícios sozinho, a gente nem sempre sabe o que fazer; mas, já na sala, o professor só chegava e dizia “faz esse exercício da página tal que daqui a cinco minutos eu vou corrigir”
Eu olhava pro céu e perguntava... “Meu Deus! O que estou fazendo aqui? Até quando? Deixei amigos para trás , família estava praticamente em um hospício, muito diferente do paraíso que eu imaginei...
Na boa... acho que eu podia ir além daquilo, então queria passar o que eu já sabia pra eles, dava ideias para os professores mas de nada adiantava. Acho que eles pensavam que a “da roça” não tinha nenhuma bagagem.
No dia que recebi a notícia que ia vir embora, eu falei pra mim mesma que aquele desânimo iria passar, que agora eu voltaria a estudar como antes, mas a verdade é que eu levei um tempo pra voltar a ser como eu era. Minha experiência “na cidade” não foi das melhores.
Só que não adiantou querer enrolar, acostumada com o ritmo de vida que eu tinha, a Christina sempre diz que “quem vai embora nem sempre volta melhor” e eu acho que é a pura verdade! Não preciso falar que, no final do ano, foi difícil pra eu passar... foi uma confusão... nota que faltava, cálculo que não batia, tanta coisa que eu me estressei.
Claro que, com o tempo eu fui voltando ao que era, e me readaptando ao meu antigo ritmo mineirinho, caladinho e na ativa. Devo isso a dois amigos especiais: a Carol e o Adonay que sempre estiveram comigo, me apoiando, dando conselhos, me incentivando.



Minha família foi importante também, é claro, porque família é tudo e só quem fica longe sabe disso...
Hoje, aqui em Taparuba, eu tento fazer o meu melhor, na época dos trabalhos, não meço esforços, fico até de madrugada lutando com as exigências da Christina, decorando poesias e aprendendo sobre autores e obras importantes... acho que é uma dificuldade proveitosa.













Entre meus amigos mais próximos, todos temos um apelido. Se o Adonay era o carrapato, eu devia ser o ”Piolho”, mas me toquei que piolho é nojento, não dura a vida toda, e sem os outros, não é nada! Vou ficar feliz se vocês tomarem como experiência o que eu vivi.
Não foi fácil, mas sempre se pode contar a história.
Bjosss
Patrícia.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Bom como beijar na boca...



Por Felipe Andrade

E aí, galera!! Blz??

Minha mãe sugeriu que eu escrevesse e quando ela fala eu não digo “não” (tudo bem que costumo não fazer na hora, mas... enfim... )
Nesses cinco anos de Coronel Calhau nós tivemos muitas experiências legais. A conclusão do Ensino Fundamental foi tranquila, mas quando eu entrei no Médio, as coisas mudaram. Aquele menino brincalhão, de uma hora pra outra teve que crescer, cumprir com as responsabilidades; perder a timidez e em certos casos, a vergonha mesmo... Buscar sempre fazer o melhor, correr atrás, porque nada vem de graça nas mãos da gente, se superar e agora, no final do Médio, pensar no que fazer na próxima etapa.
No meu primeiro ano, minha mãe-professora trabalhou com a gente um texto intitulado “Coisas que as escolas não ensinam”, onde Bill Gates falava sobre as regras da vida real, das quais as escolas muitas vezes não são adeptas. Regra número 1: “A vida não é fácil. Acostume-se com isso”. Eu demorei dois anos pra entender que aquela explicação estava correta. Agora, com os olhos num futuro próximo, eu vejo que não é a faculdade que precisa de mim, sou eu que preciso dela e tenho muitos concorrentes fortes. Se eu não me doar ao máximo, vou ficar para trás.
Precisei fazer certos sacrifícios para entender o que eu realmente quero fazer, e confesso que ainda não sei, mas tenho pensado seriamente em algum curso da área agrônoma, pra eu poder ajudar meu avô a cuidar das terras que a minha família tem. Não é muita coisa, mas as mulheres da minha família escolheram outras áreas, então os homens vão cuidar “da casa” enquanto elas saem para trabalhar (rsrsrrs). Embora cuidar da terra e dos animais não fosse muito a minha praia, meu tio está fazendo veterinária, meu avô não vai sair mais da roça, por isso acho que essa é uma boa escolha e é o que eu quero hoje.
Pra galera do 1º ano, o pessoal que tá entrando agora, uma boa dica é começar a pensar antes, porque quando chega essa fase em que eu estou, é muita pressão, muitas dúvidas são comuns, e cuidado com as escolhas. Todas elas, a começar pelos componentes dos seus grupos. Escolham colegas que serão parceiros em tudo; os conflitos de idéias são normais, mas resolvam conversando, sempre é possível chegar a uma boa solução. Se harmonizem e ajam como equipe.
As apresentações orais são como beijar na boca pela primeira vez: dá um nervosismo, um frio na barriga, mas depois você acostuma , e não quer parar mais (rsrsrrsrs), porque, como diz a minha avó, que é professora também: “saber não ocupa espaço, e quanto mais, melhor”.
Apresentem todos os trabalhos com a mesma seriedade e competência, não só aqueles que os professores cobram mais, mas todos, porque não são eles que ganham com isso, somos nós. Busquem sempre a “excelência”, dêem o melhor de cada um, sem deixar nunca de se divertir, aproveitar, curtir... É assim que a escola deixa de ser uma obrigação pesada e se torna um prazer.
Boa sorte a todos e juízo. É o meu recado.

Felipe Matheus.





Deus abençoe você, filho. Obrigada por estar sempre comigo e atender quando eu chamo, ouvir o que eu falo e dar razão à minha existência. Que seus esforços sirvam de inspiração e que vocês sejam todos "sal da Terra e luz do mundo"
Bjo de mãe.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Decisions... Decisions...

Por Marianna Pereira



Oiee!
Eu sou Marianna, de Taparuba, e como muitos de vocês, aluna da Chris.
Minha vida de adolescente que saiu de casa aos 15 anos, pra tentar algo novo, tem pouco de diferente da sua. Essa sou eu, sem mistérios. Às vzs achamos que longe de tudo e de todos será mais fácil, e até pode ser... na teoria, sim, é perfeito, mas quando vc começa a pôr a distância em prática, percebe que a realidade é completamente diferente.
Quando vc sai de casa, logo pensa:“Nossa!! Tô livre dos meus pais, daquela vida monótona” ...(WooW). Só que já na primeira semana, vc começa a sentir algo estranho, do tipo”não é a minha realidade, cadê meu mundo? Onde que eu tô? Então, começa a ter certeza de que precisa mudar pra conseguir ‘sobreviver’ ali. Na real...num lugar totalmente diferente do que vc achou que fosse. Isso se chama “adaptação” e não é nada fácil.
Chega o dia de ir pra escola nova. Dá aquele frio na barriga como se fosse o primário. Você nota que tudo é diferente na escola também, no meu caso, as regras novas estavam lá, mas com meu jeito moleca, eu nem notei que eram outras pessoas, outro ambiente...
Eu achava que já sabia de tudo e quebrei minha cara por não ter aproveitado o que realmente deveria ter tido valor pra mim. A ficha demorou a cair, e quando caiu já era o final do ano letivo e lá estava eu, quase reprovada.
Com essa experiência meio que frustrada, resolvi voltar pra casa.
Voltei, mas voltei meio que sem razão pra tudo, pra escola, pra família, pra mim mesma, enfim. Há quem diga que isso é coisa de adolescente, mas... eu não sei... Comecei a ir à escola e a ver as mesmas pessoas, a mesma chatice, eu não estava aguentando mais, apesar de ter voltado, havia algo em mim que também não estava “adaptado” ao meu lugar.
Até que um dia surgiu algo diferente. Uma atividade na escola... um tal “Seminário” que fazia o pessoal ficar meio obcecado. Para mim... um “ser estranho” de nome conhecido, porque todo mundo repetia isso, o tempo todo. Era uma assunto comum. Então eu parei, pensei e disse a mim mesma que iria me esforçar com esse trabalho, porque estava cansada de ouvir críticas e queria testar o meu potencial, do qual muitas vezes, eu sou quem mais duvida.
Mas eu sei quem sou. Sei do que sou capaz, quando eu me determino, embora não diga isso às pessoas. Então foi dito e feito, né?! (Também... no grupo da Karol!! Eu fui quase forçada a trabalhar cantando o tema da Escrava Isaura..rsrsrs)
Fomos muito elogiadas por todo mundo, apresentamos um trabalho excelente, cheio de detalhes interessantes, entre recitações de Lord Byron, Olavo Bilac e trechos de Machado de Assis, eu descobri que tinha um lado intelectual e gostei disso. E desse trabalho pra cá, passei a pensar mais no que eu queria da vida e no que fazia do meu tempo... E ai... acabou o ano.(rsrs)
Acabou, o 2º ano, quer dizer, mas o 3º começou e eu tenho alguns desafios agora. É o último ano do Ensino Médio, daí vêm aquelas dúvidas todas: o que eu vou fazer “pós-Ensino Médio”? O que vai ser de mim depois disso tudo aqui? Onde será que eu vou estar, no ano que vem?
Muitas vezes nos vemos cercados de dúvidas e incertezas como essas, são as mais manifestadas por jovens recém formados. Uns já têm em mente o que fazer, outros(como eu) ainda estão em dúvida.
Dúvidas... Dúvidas...
Talvez sejam elas, as interrogações, que movam o mundo. Essas aí... de vc não saber o que vai ser, que profissão vai exercer... Eu que nunca pensei muito profundamente sobre nada, agora acho que é uma das minhas dúvidas mais temidas.
Sei que deve haver quem chegue no quarto bimestre e ainda não saiba o que quer fazer, mas eu espero ter decidido até lá. Há os que decidem não fazer nada,(tô quase opinando por essa daí .kkkkk), mas... Acho que de todas as formas, esses são novos tempos para mim, então, vou me concentrar em encontrar soluções.
Afinal, as respostas estão por aí... com o meu nome escrito nelas.
"Sabemos tão pouco do que estamos a fazer neste mundo, que eu me pergunto a mim mesmo se a própria dúvida não está em dúvida."
(George Gordon Byron)


Eu, Paulinha Kerr de kbelo vermelho; a Patrícia e a Karol. Tudo de bom na apresentação...

Estão lindas!
Há uma citação de Shakespeare, Marianna:

“Para os erros há o perdão.
Para os fracassos, chance.
Para os amores impossíveis... tempo”

E eu acrescentaria...
”Para minhas dúvidas mais terríveis...
apenas fé!”

Tudo vai encontrar o centro , na hora certa.
Tenha fé e continue fazendo a sua parte.
Verá que o universo vai conspirar a seu favor.
Belo texto.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Aula de Literatura - Entendendo as Cantigas Trovadorescas

Tá aí. Para os 1ºAnos do Coronel reverem tudo o que a gente falou hoje sobre nossas origens literárias. Além dos vídeos, façam a leitura das páginas 86, 87 e 88 do livro, Português Linguagens 1. Não precisa fazer os exercícios, por enquanto, mas a leitura é imprescindível!

E por favor... please... por favor(en español) rsrsrs
Dara, Tai, Sarita e cia limitada e apaixonada...
Dessa vez, eu não quero ver ninguém chorando!!


















Bom estudo!!

Ah... Esses são os textos que eu queria que a Taiane lesse. Não somente ela, que ker tanto falar sobre o amor, mas todo mundo que quer ter intimidade com a palavra e com a literatura. Leia e diga o que achou.


E FALANDO DE AMOR E DE PALAVRAS E DE TRABALHOS DE LITERATURA...
(postagem original feita em 24/04/10)

...Sabe que essas histórias que viram filmes sempre têm por trás um autor observador e sensível o bastante, que viveu ou viu alguém viver alguma coisa terrivelmente marcante... Ou às vezes não. Eles simplesmente, escrevem sobre algo que gostariam de ter vivido. Acho que não pensam muito sobre isso. O que marca é sempre a intensidade dos sentimentos ou a capacidade que as pessoas têm de se deixar envolver pelo que os outros escrevem, por puro prazer, ou pela vontade de compartilhar o que sentem. O amor no Romantismo literário é idealizado demais pra parecer real, e infinito demais pra parecer possível; muitas vezes, é egoísta demais pra permitir que o eu-lírico ou que o personagem viva e sinta; platônico demais pra parecer amor...
Mas em todas as análises, concentre-se na relação concreta que há entre os sentimentos e as palavras. Muito do que se sente não é passível de ser descrito. Mas através das palavras, nós nos mantemos vivos para o outro. A palavra nos eterniza e nos reconfigura. Não... Ela nos imortaliza, aos olhos alheios.
Escrever sobre uma ideia que se tem, sobre uma opinião, uma réplica, um aparte. Algo que impressionou ou que chocou ou que ficou gravado na memória. Talvez o importante não seja convencer as pessoas mas fazer com que elas saibam como e o quê pensamos. Não ter intimidade com as palavras é de certa forma compreensível, mas é só uma questão de prática, afinal se não nos fizermos ouvir, vai ficar faltando o que deveria vir de nós.
No livro PS. I love you ( eu juro que vou me lembrar do nome da autora e posto depois), Gerry e Holly são apaixonados mas ele adoece e morre deixando-a sozinha e em completo desespero. (A morte romântica...Sempre ela!). Antes de morrer porém, prevendo a dificuldade de Holly em se recuperar da perda, ele lhe escreve cartas que a orientarão entremeio ao vazio da dor, de forma que, com a ação do tempo e do destino, ela possa voltar a viver e a ser feliz de novo.
O livro é docinho, como quase tudo o que é romântico, mas é sensível e inteligente ao extremo. Contemporâneo o suficiente para abrir mão dos exageros sentimentais dos românticos-padrão, e pra ver a morte como um ponto de referência, ou algo a ser superado ao invés de idealizá-la como a chave para a felicidade, até porque...
o que eles mesmos entendiam de felicidade?
Escrever cartas, atualmente tá meio fora de moda...mas eu não conheço nada mais clássico pra tocar o coração de alguém. Podem ser cartas, emails, mensagens, scraps, bilhetes, apaixonados, irritados, grosseiros, sem palavras até...porque há o que não pode ser dito...Mas sempre, as palavras. Mesmo silenciosas. Mesmo meio mudas...
E há o amor. De preferência, o que estivermos estudando...no caso aqui, o dos Românticos...



Nâo há???


UMA PRÉVIA SOBRE A MORTE ROMÂNTICA

Eu sempre achei que a morte era um fim muito trágico nos livros e que deveria estar reservado somente aos vilões, e como castigo. Mas é interessante pensar na morte vista pela visão dos escritores do Romantismo, por exemplo. Imagine o que era a morte para Edgar Allan Poe (ver: seminarioeua.blogspot.com), que idealizou inclusive um mensageiro pra ela? Ou se considerarmos "Heathcliff" e os Morros Uivantes de Emilly Brönte (ver:menininhasdosegundoano.blogspot.com), ou atualmente, Stephenie Meyer e o vampiro Edward, badaladíiiiiissimo...e com tanto de Romantismo nas veias (petrificadas, aliás). Ou ainda algum dos escritores brasileiros como Álvares de Azevedo e sua morte realmente precoce e pessoal com menos de 25 anos, e todas as vezes que pediu pra morrer em seus poemas...
E o suicidio de Werther (ver:romantismoalemao.blogspot.com), em 12 horas de agonia?
E os heróis que precisam morrer pra que nasça o mito?
Se alcançarmos os ideiais da Revolução Francesa, o que teria significado a morte de um ou de todos os mosqueteiros do Rei Louis XIV, ou mesmo a do arrogante e corajoso garoto D'Artagnan (ver:grupogga.blogspot.com)? O que há de romântico na morte do "Pequeno Príncipe"/ "Le petit prince" de Exupery (considerando-se que tendências não respeitam o tempo).
Tristão, Robin Hood ou Wilhiam Wallace, cujo tamanho era inferior aos de seus generais mas que era visto como um gigante pelos que não o conheciam. Imagine o que significou seu sacrifício aos olhos de seus comandados...
No mínimo uma Escócia liberta.
A morte é filosoficamente a verdade incontestável da vida, mas na literatura, ela serve a propósitos diferentes por isso deve ser vista sob vários olhares.
Como por exemplo o da curiosidade de quem me questionou sobre os padrões clássicos (aqueles muito aclamados antes do Romantismo) e, estudando a Grécia (ver:grupogcel.blogspot.com) descobriu tantos deuses lindos e horrendos, com seus comportamentos realmente humanos e mundanos, entrando em contato com a morte literária e levando-a pra dar uma volta no rio das almas, com direito a Caronte e Cérbero e Hades e as Parcas...
Filmes atuais, essencialmente românticos que falam do amor como forma de se superar a morte, e dela como um "deixar de existir", muito relativo, porque deixar de existir não significa deixar de amar.
O exagero do amor nos românticos se equivale ao sentir desesperado que não acomete os céticos, nem os ateus, nem os frios, nem os mortos...
Dizem que morrer é o fim...Para alguns literatos,em seus estilos particulares e inquestionáveis, ela é apenas "um detalhe"...
Porque o amor não morre...
Pelo menos não para os românticos.



"You have to do this... You have to do this for me...
Because What about me if you go to this night?"

Uma história de amor tem a ver com magia.
Ninguém surge do nada, sem dizer por que e simplesmente desaparece como se tivesse entrado com o vento pela janela entreaberta.
Sem explicações elas chegam...
Sem rastros, as pessoas imprescindíveis se vão...
Uma história de amor sugere confiança...
Tem a ver com estar ao lado, desde o momento em que ouvimos o vento soprando, até a hora em que a janela se fecha...
contra nossa vontade...

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Educação: a base

por Leandra Amarante



Educação: A base
A Educação no Brasil é um dos assuntos mais comentados nos últimos anos. O sistema educacional melhorou bastante, segundo resultados de pesquisas sobre o assunto, mas ainda estamos longe de ter a Educação decente que se espera de um país em pleno desenvolvimento.
A Educação desenvolve uma nação. Só com ela pode haver a possibilidade de se formar sociedades capacitadas para enfrentar os obstáculos da vida. Os governos nos mostram números que indicam investimentos de grande porte feitos nessa área, mas não vemos muitos resultados. Será que todo esse dinheiro é aplicado onde realmente há a necessidade, ou seja, nas escolas públicas de Educação Básica?
Problemas graves se mantém, como a falta de estrutura e o abandono das escolas, nas regiões mais pobres; a falta de incentivo à formação de novos profissionais e à carreira docente; os salários miseráveis; a demora na obrigação de oferecer estrutura de inclusão digital...
A falta de incentivo à leitura ajuda a aumentar o desestímulo discente. “Quinze milhões de alunos estudam em escolas sem biblioteca, no país”, segundo O globo de 29/01/2011. Problema que deveria ser visto de forma prioritária, pois o assunto é a Educação, e sabemos que esse é o melhor caminho para a dignidade.
As boas relações entre professor e aluno são muito importantes para o desempenho do processo escolar. Se eles forem amigos e confiarem um no outro, o convívio será muito mais agradável.
Portanto, acredito que se hoje a desigualdade no Brasil é gritante, nós somos os culpados, porque relevamos esse grave problema, que é um dos que nos impedem de sermos um país de primeiro mundo. A Declaração Universal dos Direitos Humanos diz em seu Artigo I que “Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotadas de razão e consciência e devem agir, em relação umas às outras, com espírito de fraternidade.” E diz mais no Artigo XXVI: “Toda pessoa tem direito à instrução. A instrução será gratuita, pelo menos nos graus elementares e fundamentais. A instrução elementar será obrigatória. A instrução técnico-profissional será acessível a todos, bem como a instrução superior, esta baseada no mérito.”
Se esses direitos valem para TODOS, independentemente de cor, raça, sexo, língua, religião, opinião política, origem nacional ou social, seja a pessoa rica ou pobre, façamos então com que esses direitos sejam válidos.
Como na música “Dom Quixote”, dos Engenheiros do Hawai, estamos “na ponta dos cascos, mas fora do páreo”; somos “puro-sangue puxando carroça”. Alunos de escolas públicas têm potencial para conseguir estar no “páreo” com alunos de escolas particulares e dos Institutos Federais, porque quem faz a escola é, primordialmente, o aluno, mas é preciso que a Educação pública seja considerada prioridade pelos Poderes competentes. Quem é bom, é bom em qualquer lugar e merece ser reconhecido. Se tivermos o devido respaldo e confiarmos em nós mesmos, não existirão limites.
Eu aceito o desafio.



Eu também, Leandra!
Já pensei algumas vezes em mudar de profissão. Mas aí aparece alguém como vc e os seus colegas... e eu entendo que ainda há muito o que fazer.
Belíssimo texto.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Clichê??

(por: Ayres Rodrigues)


A união faz a força

Quem nunca ouviu falar nesse ditado popular “ a união faz a força”? Pode até parecer clichê, coisas que nossos bisavós inventaram em seu tempo livre, mas o nosso grupo de2010 “Ultrarromantismo – parte 2” comprovou que isso não é apenas um ditado popular.
Durante o processo da construção do trabalho, tivemos vários problemas. O grupo foi colocado sob a liderança de alguém com quem não tínhamos trabalhado antes e com quem algumas de nós tinha problemas de relacionamento. A maioria dos integrantes do grupo possui espírito de liderança e em função dos atritos e rixas que ocorreram nas reuniões, o grupo se dividiu ao meio. Não queríamos nos ajudar e por isso o trabalho não conseguia sair do papel.
Levamos o problema até a professora porque queríamos desistir, mas ela reuniu o grupo todo, e durante uma conversa franca, nos fez perceber que nossos egos (um maior do que o outro) não estavam nos deixando atravessar a porta para a realização do trabalho. Ela nos animou, como um tenente que faz com que seus soldados se levantem, após as baixas de guerra.
Dali por diante, procuramos encontrar um ponto de união, porque tínhamos um objetivo comum. Conseguimos nos entender, restaurar o espírito do grupo e realizar o trabalho que estava só no papel. Ainda tínhamos uma semana, e nesse prazo, fizemos tudo acontecer.
Não foi fácil, mas nada como o conhecimento, o aprendizado e principalmente a vontade de não desistir que adquirimos, para nos animar.
Nosso grupo comprovou na própria pele o ditado, porque se nós não tivéssemos nos unido naquela semana, nosso trabalho nunca teria se realizado, nós teríamos desistido, isso ficaria em nós, para sempre, porque quem desiste uma vez, vai desistir sempre.
Só que, graças a nossa persistência, ao invés de contar a história de um fracasso hoje, podemos mostrar a foto...
A foto com todo mundo junto!!



E a Tenente assina embaixo.
Parabéns pela competência e pela coragem. Vocês foram o maior exemplo de determinação que eu acompanhei no ano passado. Espero que jamais esqueçam do que aprenderam.
Valeu demais!!!

Se liga aí!! HORA DE GANHAR O MUNDO!!! Text and exercises to the English Classroom - 1º A2 M A2 e A3 T-

Movie review:
"THE MATRIX"

"It is impossible to tell you what The Matrix is. You have to see it by yourself." This is what Laurence Fixhburne says. Fishburn plays Morpheus in this sci-fi thriller. But he is not alone.
Keanu Reeves plays Neo, a computer hacker who discovers that the world around him is a computer simulation called Matrix. He learns this from Morpheus (Laurence Fishbourn), who also tells him that the Matrix uses humans as fuel in their quest for total domination. Morpheus thinks Neo is the one who can destroy this artificial world. Neo doubts it, but in his adventures with Morpheus and the group of rebels, he starts to believe it and is ready to destroy the Matrix.
The movie is full of mind-blowing special effects. People can dodge bullets and walk on walls. The actors had to go through four months of hysical training before making the movie. But if you think they didn't enjoy these months, you're wrong. All of them really appreciated the training before the movie. And they also enjoyed the training that went on during the shooting.
Critics usually don't consider Reeves a very good actor. But in "The Matrix", he gives a great performance. He looks confused in the first part of the movie and cool in the second half. Just perfect. Fishburn is calm and thinks clearly: the perfect leader for the rebels. The audience loves them. Carri-anne Moss, who plays Trinity, has no problems in this movie full of male characters.
Directed by andy and Larry Wachowski, "The Matrix is one of the best movies ever...

Exercises

1)Leia o texto todo, depois execute uma segunda leitura edentificando os cognatos.

2)Localize no texto:
a) Opiniões sobre o trabalho dos atores?
b) A opinião de um dos atores sobre "The Matrix"?
c)Uma descrição breve da trama?
d)Uma descrição breve dos principais efeitos especiais?

3)Responda as perguntas de acordo com as informações apresentadas no texto
a)Qual é a opinião de Fishburne sobre "The Matrix"?
b)Qual é a relação de Morpheus com Neo?
c)Quais são os movimentos dos atores descritos no texto?
d)Quanto tempo durou o treinamento antes do filme?
e)Qual é a opinião do crítico que escreveu a resenha sobre o desempenho de Keanu Reeves em "The Matrix"?

4)Na opinião do crítico de cinema que escreveu a resenha, devemos assistir ao filme "The Matrix"? Por quê?

5)Na frase "Neo doubts it, but in his adventures with Morpheus and the group of rebels he starts to believe it and is ready to destroy the Matrix, a palavra "But" indica:
a)alternativa
b)resultado
c)exceção
e)contraste

6)Ache no texto a palavra que significa:
a)ser informado de algo :
b)seres humanos
c)destruir, arrasar
d)duvidar de
e)rebelde
f)cheio, repleto
g)atuação, desempenho
h)público
i)do sexo masculino
j)personagens

7)Escolha a palavra que melhor completa as frases abaixo:

a))The Curies discovered/ invented radium.
b)Bells discovered/invented the telephone in 1876
c)He never says/tells goodbye.
d)He always tells/says lies.
e)Too much sugar can destroy/ruin your teeth.
f)An accident ruined/destroyed his football carrer.
g)I saw her in the street but didn't talk to her. She looked/ sounded ok.
h)I talked to her on the phone. She looked/ sounded ok.



Enjoy yourself!!

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Ihh!! Me escolheram pra ser líder. E agora????

Por Jéssica Vilela



Bom... Se você pegar o dicionário, verá que a definição de liderança é: “dirigir na condição de líder”, então podemos concluir que o líder tem função de guiar ou conduzir um grupo de pessoas, em um determinado projeto, em busca de resultados. Sendo líder, você determina funções, depois que todos discutem e entram em acordo sobre o que cada um deve fazer. Muita atenção quanto a isso, você determina, orienta, supervisiona e coordena o projeto. Mas não significa que vai fazer o trabalho sozinho. A principal função do líder é fazer com que todos façam o trabalho acontecer.
Tenha certeza de que se você foi escolhido para esta função é porque seu grupo acredita e confia em você.
Tive o privilégio de ser líder por três vezes. Dá até um certo orgulho falar isso.
A primeira vez, bateu aquele medo... a tal insegurança, mas correu tudo bem, tirando o nervosismo inevitável.
Na segunda vez, eu já tinha um pouco de experiência e estava menos insegura porque sabia que as tarefas estavam bem distribuídas, todos estavam preparados e sabiam o que falar e o que fazer. Apesar de que, em algumas de nossas reuniões, houve momentos de tensão.
Recordo-me de uma vez em que houve desentendimentos entre os integrantes do grupo. E o pior é que, sendo a líder, eu tinha que dar um jeito naquilo pra não atrapalhar o andamento do trabalho. Pois bem, foi o que fiz. Conversei com cada um, em particular, e pronto... estava tudo resolvido. Grupos em que os membros não se entendem, não funcionam.
Uma coisa que eu aprendi foi que independente de quem estiver em seu grupo, é preciso haver confiança. Temos que confiar que as tarefas serão cumpridas no prazo determinado e com o máximo de qualidade. O líder precisa dar credibilidade aos seus comandados. Confie. Passe a eles segurança, mostre a eles que se foram escolhidos para estarem ali, é porque cada um tem o talento necessário. Todos temos uma capacidade imensa, da qual nem sempre temos consciência.
Não pense você que aquele aluno que só vive brincando não pode ser um prodígio porque isso é engano. Muitas vezes já nos surpreendemos com quem menos esperávamos.
Na minha terceira liderança tive muita preocupação, pois queria atingir algo maior. Algo que fosse me surpreender. Passei noites sem dormir, almoçar?!? Nem sabia que palavra era essa... Porém, tinha meu grupo, e eles estavam comigo, acreditavam em mim, me passavam confiança, e por existir essa confiança, isso me dava mais vontade de atingir o melhor.
Ao término de nossa apresentação eu chorei.
Fiquei muito feliz, porque sabia que o grupo tinha se esforçado muito e poderia colher os frutos. Somos reconhecidamente competentes e eu tenho certeza de que só consegui prestígio e reputação como líder porque meu grupo estava comigo. Meus colegas me valorizaram e valorizaram a si próprios, como tem de ser.
Numa relação recíproca, todo grupo precisa de um líder forte, mas o bom líder precisa, ainda mais, da força do grupo.
Boa sorte a todos!!

Jéssica Vilela
Jessik2605@hotmail.com



Pois é...
A Jéssica é uma das minhas líderes mais firmes. Ela tem um poder de persuasão muito particular mas precisou trabalhar isso, ao longo da formação dela. É claro que a Jéssica conta com uma acessoria poderosa e bem orquestrada, ela é a líder do grupo da Gabi, as duas mais os outros são excelentes e conseguem montar apresentações emocionantes que eu realmente gosto de dirigir.
Talvez não tenha sido fácil pra Jéssica moldar o tipo de liderança rígida que ela exerce, mas certamente tem dado certo. Tudo o que eles fazem é sinônimo de competência.



Belo texto, Jéss!!

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

O Efeito Carrapato




Por Adonay Correia

OI Pessoal!! Eu sou Adonay, sou aluno da Chris há 3 anos e estou aqui pra contar pra vocês um pouquinho da minha experiência com os Seminários e Musicais.
Então... eu adoro contar histórias (sabe como é, né?! Aluno da Christina...)
Vamos lá. Eu não era muito fã de Taparuba, assim... pra morar não, apesar de ter morado aqui a vida toda. Cheguei no Ensino Médio me achando o tal, tipo “to no Ensino Médio, agora eu não preciso fazer nada, e vou passar porque já sou adulto”. Nessa mesma época, estive morando em Vitória, mas não deu certo lá, e eu voltei. Logo que cheguei, fui ver alguns amigos, eles logo vieram com um papo de seminário pra cá e pra lá, eu nunca tinha ouvido falar nisso, porque em Vitória a gente não fazia. Então, como eu era daquele tipo de aluno que não quer nada com nada, do tipo que ”falta interesse”, acabei deixando a coisa rolar.
A primeira pessoa que me intimou a fazer o trabalho foi a Paulinha kerr; e lá veio ela querendo extorquir meu mísero dinheirinho, dizendo que eu tinha que pagar 20 caros reais, que era a minha parte na divisão dos gastos do trabalho. Nem me estressei, nem me interessei. Só falei que não ia entrar no grupo dela e fui procurar um grupo mais “barato”.
O “grupo mais barato” era o que faria a próxima apresentação. No dia do trabalho, como eu não tava nem aí com nada, entrei no embalo e fui lá pra frente “apresentar”...
Putz!!! Imagina uma coisa ruim na hora!! Tipo você tremendo tudo, dos pés até a cabeça e todo mundo te olhando e a Christina lá atrás...
Eu num sabia nem o que eu tava falando, na verdade nem falei nada porque eu não tinha estudado.
Quando acabei a enrolação, veio a Christina:
_Adonay, não pode "ler" na apresentação. E o que vc sabe sobre o que vc leu aí?
Eu respondi na lata, porque eu não ia mentir:
__Chris, posso te falar a verdade?!? Nada. Não li a pesquisa, e tô lendo agora pra você, porque eu não tô preparado.
Então ela só me olhou de um jeito muuuuuuuuuuuuito sincero e falou:
_Chega! Quem é o próximo que sabe alguma coisa??
Minha cara caiu no chão junto com a dos outros carrapatos que tinham vergonha, o constrangimento foi tanto que eu saí e fui me esconder atrás da cortina.
Acabando aquela seção de tortura eu num sabia... achei que já podia ir embora. Que nada! Veio a pior hora: a da maldita apreciação crítica. A Christina falou, falou, falou... apontando cada detalhezinho que a gente fez de má vontade ou que deixou de fazer; depois... quando eu achei que tava livre, ela mandou a gente apresentar novamente, pra mostrar que tínhamos entendido que aquele seminário foi um nada.
Gente!! Mas o pior não foi a Áurea criticando, daquele jeito de quem viu tudo. O pior foi a galera rindo depois. O pessoal que tinha apresentado legal cobrando conteúdo, os colegas apontando as falhas e todo mundo balançando a cabeça... Eu, que não tenho nada de vergonha, fiquei queimado neh... Gente, vcs não têm noção!!
Naquela hora em que eu saí da sala e vi todo mundo rindo de mim, com ar de intelectual fazendo apreciação, meu sangue correu na cara porque eu também podia fazer do jeito que eu vi os outros fazendo. Voltei no mesmo pé, pra sala e falei: “Prof, eu tô te dizendo que quero que vc me cobre a partir de hoje! Tô dizendo que vc nunca mas vai reclamar dos meus trabalhos, nem da minha parte, nem do pessoal que estiver comigo. Pode escrever isso.”
Não sei se ela entendeu o que eu estava sentindo, mas aquela seria a última vez que eu me esconderia atrás de uma cortina.
Pois o tempo passou, chegou a época dos trabalhos seguintes. Eram os Musicais, de Inglês, um tipo de seminário artístico em que a gente escolhe um artista pra apresentar e uma música pra cantar, em inglês. “Ai, meu Deus!” eu pensei. “É muito mais difícil, mas dessa vez, mona...__ disse eu, abusadamente __ ninguém me segura!”
É claro que eu nem preciso dizer que meu musical da Rihanna foi perfeito, cheio de brilho e dança, com direito a todo mundo cantando “Take a Ball” com a gente... um milhão de fotos, outro de elogios, as crítica que ouvimos foram só as dos invejosos, o queixo da Christina caiu, minha moral foi lá pra cima e eu entendi que detesto ser carrapato.
O pior de tudo, é que, como todo mundo que passa pelo que eu passei, acho que eu fiquei exigente. A gente aprendeu o caminho das pedras e... sei lá. Viver os dois extremos te deixa meio vacinado...
Vou terminar, dando um conselho pra vocês:
podem brigar, gritar, se estressar, mas não deixem o “efeito carrapato” tomar conta do grupo. Tem que fazer o melhor, e para isso, cada um tem que dar o melhor de si. A Christina não gosta que a gente escolha só os bons, ela vem sempre com a história de que com grupos fracos a gente vai aprender muito com uns trabalhos e, com outros, nada, mas só quem já foi um carrapato pra saber...
Ainda bem que desse mal, eu não morro mais, porque, gente... vai por mim... não tem vergonha maior do que passar vexame no seminário.
Então, galera! Deixo meu recado, agora que não sou mais carrapato. Eu aprendi que devo sempre fazer tudo com amor e dedicação, mesmo que seja um seminário de escola. Se você se dedicar e der o melhor de si, tudo o que fizer, te garanto que vai ficar ótimo. Nosso futuro é a gente que faz.
Se precisarem de alguma ajudinha, quando chegar a vez de vocês, podem contar comigo. A gente se fala por email.
Bjs e boa sorte!!

Por: Adonay Correia


É isso aí!
Hoje, o que ele fala nos trabalhos, soa como ordem. É um líder exigente, que soube formar uma boa equipe, tem um discurso firme, sabe dosar a alma e o corpo de uma apresentação.
Espero, sinceramente, que você leve isso pela vida a fora e que sua experiência sirva de apoio para os outros.
Valeu Dodô!!

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Escrever não tem segredo... A Amanda te mostra, de um jeito bem simples...




Oi, pessoal que segue o blog da minha mãe-professora! Eu sou Amanda Christina e provavelmente vocês já me conhecem( porque eu sei que ela já falou de mim...mãe é mãe, sabe como é, né??!!)
Bom eu queria falar sobre a minha experiência de morar fora, de fazer faculdade e, principalmente, da certeza de ter escolhido o curso certo.
A gente passa a vida inteira em uma cidadezinha do interior, pensado em ir embora pra um lugar maior, onde as coisas sejam diferentes, e um belo dia isso acontece... você passa no vestibular ou muda de escola e vai para um lugar completamente diferente de onde você vivia, longe de casa, da família, dos amigos...
Aí vem na sua cabeça " Caraca, eu quero a minha mãe!!!", você vê que tem que aprender a se virar sozinho, a fazer tudo, ou seja... crescer. Eu sempre tive medo de crescer, mas de uma hora pra outra eu me tornei responsável, tive que fazer de tudo um pouco. É mó saco não ter a mãe ou o pai pra te socorrer na hora ou fazer as coisas por vc, mas a gente acostuma e, às vezes, num lembra que tem que ligar pra casa(kkkk zuêra, mãe!!). Mas emfim, agora “ou vai ou racha”... Daí vem o primeiro dia de aula, em um lugar diferente e desconhecido, naum é o Cel. Calhau, agora é o meu futuro que tá em jogo, e o dinheiro da minha família(rsrsrs), eu tenho que estudar muito pra todo o sacrifício valer a pena no final.
A faculdade não é um bicho de 7 cabeças, mas tbm naum é mamão com açúcar, vc tem que se esforçar e ser naum o melhor, mas o excelente, pq o mundo já foi dos melhores, agora ele é dos excelentes, daqueles que se superam e superam os outros, dos que querem vencer. E rapidinho, a gente se adapta com as pessoas da sala, que na maioria das vezes, estão no mesmo barco. Aí, surgem os amigos, as idas ao buteco, as calouradas, as cachaçadas, mas isso naum vem ao caso(kkkk).
Quando se chega na sala de aula, que o professor entra, de terno e gravata, vc quase perde o ar, mas aí ele solta um palavrão pra descontrair, começa a brinkr com a turma pra ajudar no aprendizado, então vc se solta, e vê que nada é difícil se vc tentar, de verdade.
No meu caso, eu naum sabia oq queria fazer na faculdade até o 2º semestre do meu 3º ano, eu nunca pensei que me apaixonaria por alguma coisa como me apaixonei pelo Direito( já sei... parece que eu sou doida né??... tbm acho), mas é uma coisa tão fascinante, que cada caso te envolve e vc naum consegue parar de pensar, nem de falar naquilo (a mãe é minha testemunha). São coisas do dia a dia que vc pensa saber, mas chega na facul e estuda aquele assunto mais a fundo e vê que, o que vc julgava saber naum era nem a metade da verdade. Eu sou apaixonada por Direito Penal, Constitucional, Civil( ops.. olha a doida aí de novo... desculpa!), e são áreas totalmente diferentes mas que se ligam em alguns pontos.
O que mais me deixou triste na facul, foi a própria instituição, foi ver como existe gente hipócrita no mundo, mas o bom é que podemos ser superiores a eles, não nos deixar abater e sempre seguir segundo a nossa cabeça e o que aprendemos ser certo.
Enfim, eu aprendi a ser quem sou, vendo as outras pessoas, e aprendi principalmente que é normal ter medo, sentir saudades, e querer a mãe de vez em quando, mas aprendi tbm que a gente supera, consegue ir em frente msm longe de casa, e que no final tudo vai dar certo, e se naum deu é pq naum acabou( filosofei né... copiei de um filme!).
P.S. naum pode fazer isso sm citação tá, se naum é plágio e plágio é crime...kkkkkkk

Às vezes eu viro pra Amanda e digo "vamo ali, comigo, filha, tomar alguma coisa??" E ela me responde automaticamente "Tomar o quê, de quem??" Assim, bem advogadamente...
Tenho orgulho por ela ser tão decidida e por tentar fazer o que gosta, de um jeito tão firme e por escrever tão bem...kkk
Valeu, bebê!!
Bjo de mãe.

Tipos de discursos - desdobramento dos estudos

Bom...
Pra relaxar, primeiro, porque ninguém é de ferro... estamos no meio da leitura dos Diários do Vampiro, e eu ainda estou achando que, pela primeira vez, achei uma série de tv que é muito melhor que o livro. Pelo menos os primeiros.
Bom, talvez eu seja suspeita pra falar porque adorei os primeiros episódios.




Oi, Galera!



Só pra dar vontade, estão ai... a ovelha-negra "arrasa-quarteirão", Damon; o "todo-certinho" da Gabi, Stefan, a fútil Elena (que nos livros é loira) e minha imaginaçãoa bem à esquerda da foto... Bela imagem de sábado de manhã.

Mas, mudando de pau pra cavaco...

Essa postagem é pra fixar os estudos sobre Tipos de discursos. No Orlando a gente tá fazendo essa revisão, antes dos trabalhos de literatura, porque vocês vão precisar fazer análises dos textos, e esse conhecimento é básico.
No Coronel, vamos começar a fazer análise da narrativa, assim que a gente terminar o Manual de Estrutura. Portanto eu acho que ir estudando não faz mal.
Eu trouxe hoje o que diz Celso Cunha, um dos gramáticos mais respeitados do país. Tô escolhendo uma visão mais aprofundada, com uma linguagem mais formal, porque é importante você se inteirar do que dizem os mestres, e de "como" eles fazem isso. É um belo exemplo de uso metalinguístico da lingua-padrão,com alto grau de formalismo.
Estamos estudando Variação linguística também. Por enquanto, não precisa imprimir. Se for necessário, eu aviso, ok?
Vai se divertindo, então com a gramática da SUA língua, que aliás, é a mais incrível do mundo.
E é sua.

TIPOS DE DISCURSO – DESDOBRAMENTO DOS ESTUDOS
O discurso é direto quando são as personagens que falam. O narrador, interrompendo a narrativa, põe-nas em cena e cede-lhes a palavra. Exemplo:

"- Por que veio tão tarde? perguntou-lhe Sofia, logo que apareceu à porta do jardim, em Santa Teresa.
- Depois do almoço, que acabou às duas horas, estive arranjando uns papéis. Mas não é tão tarde assim, continuou Rubião, vendo o relógio; são quatro horas e meia.
- Sempre é tarde para os amigos, replicou Sofia, em ar de censura."
(Machado de Assis, Quincas Borba, cap. XXXIV)

No discurso indireto não há diálogo, o narrador não põe as personagens a falar diretamente, mas faz-se o intérprete delas, transmitindo ao leitor o que disseram ou pensaram.
Exemplo:
"A certo ponto da conversação, Glória me disse que desejava muito conhecer Carlota e perguntou por que não a levei comigo."
Para você ver como fica fácil vou passar o exemplo acima para o discurso direto:
- Desejo muito conhecer Carlota - disse-me Glória, a certo ponto da conversação. Por que não a trouxe consigo?

COISA INCRÍVEIS NO CÉU E NA TERRA
De uma feita, estava eu sentado sozinho num banco da Praça da Alfândega quando começaram a acontecer coisas incríveis no céu, lá para as bandas da Casa de Correção: havia uns tons de chá, que se foram avinhando e se transformaram nuns roxos de insuportável beleza. Insuportável, porque o sentimento de beleza tem de ser compartilhado. Quando me levantei, depois de findo o espetáculo, havia umas moças conhecidas, paradas à esquina da Rua da Ladeira.
- Que crepúsculo fez hoje! - disse-lhes eu, ansioso de comunicação.
- Não, não reparamos em nada - respondeu uma delas. - Nós estávamos aqui esperando Cezimbra.
E depois ainda dizem que as mulheres não têm senso de abstração...
(Mário Quintana )

As falas do personagem-narrador e de uma das moças, reproduzidas integralmente e introduzidas por travessão, são exemplos do discurso direto. No discurso direto, a fala do personagem é, via de regra, acompanhada por um verbo de elocução, seguido de dois-pontos. Verbo de elocução é o verbo que indica a fala do personagem: dizer, falar, responder, indagar, perguntar, retrucar, afirmar, etc.

No exemplo apresentado, o autor utiliza verbos de elocução ("disse-lhes eu", "respondeu uma delas), mas abre mão dos dois-pontos.
Numa estrutura mais tradicional teríamos:

"... havia umas moças conhecidas, paradas à esquina da Rua da Ladeira. Ansioso de comunicação, disse-lhes eu:
- Que crepúsculo fez hoje!
Respondeu-me uma delas:
- Não, não reparamos em nada.

Já o discurso indireto ocorre quando o narrador utiliza suas próprias palavras para reproduzir a fala de um personagem. Nele também temos a presença de verbo de elocução (núcleo do predicado da oração principal), seguido de oração subordinada (fala do personagem). É o que ocorre na seguinte passagem.

"Dona Abigail sentou-se na cama, sobressaltada, acordou o marido e disse que havia sonhado que iria faltar feijão. Não era a primeira vez que esta cena ocorria. Dona Abigail consciente de seus afazeres de dona-de-casa vivia constantemente atormentada por pesadelos desse gênero. E de outros gêneros, quase todos alimentícios. Ainda bêbado de sono o marido esticou o braço e apanhou a carteira sobre a mesinha de cabeceira: 'Quanto é que você quer?'"
NOVAES, Carlos Eduardo. O sonho do feijão.

Nesse trecho, temos a fala (discurso) de dois personagens: a do marido ('Quanto é que você quer') e a de Dona Abigail que disse ao marido "que havia sonhado que iria faltar feijão".

Ao contrário da fala do marido, em que o narrador reproduz fielmente as palavras do personagem, a fala de Dona Abigail não é reproduzida como as palavras que ela teria utilizado naquele momento. O narrador é quem reproduz com suas próprias palavras aquilo que Dona Abigail teria dito. Temos aí um exemplo de discurso indireto.

Veja como ficaria o trecho acima se fosse utilizado o discurso direto:

"Dona Abigail sentou-se na cama, sobressaltada, acordou o marido e disse-lhe:
- Sonhei que vai faltar feijão."
Verifique que, ao transformar o discurso indireto em discurso direto, o verbo de elocução (disse) se manteve, o conectivo (que) desapareceu e a fala da personagem passou a ser marcada por sinal de pontuação.
Veja, ainda, que o verbo sonhar, que no discurso indireto se encontrava no pretérito mais-que-perfeito composto (havia sonhado), no discurso direto passa para o pretérito perfeito simples (sonhei), e o verbo ir, que no discurso indireto estava no futuro do pretérito (iria), no discurso direto aparece no presente do indicativo (vai).

Repare que o tempo verbal, no discurso indireto, será sempre passado em relação ao tempo verbal do discurso direto. Reproduzimos, a seguir, um quadro com as respectivas relações:
Verbo no presente do indicativo: - Não bebo dessa água - afirmou a menina.
Verbo no pretérito imperfeito do indicativo: - A menina afirmou que não bebia daquela água.
Verbo no pretérito perfeito: - Perdi meu guarda-chuva - disse ele.
Verbo no pretérito mais-que-perfeito: Ele disse que tinha perdido seu guarda-chuva.
Verbo no futuro do indicativo: - Irei ao jogo.
Verbo no futuro do pretérito: Ele confessou que iria ao jogo.
Verbo no imperativo: - Aplaudam! - ordenou o diretor.
Verbo no pretérito imperfeito do subjuntivo: O diretor ordenou que aplaudíssemos.

Discurso Indireto Livre

Finalmente, há um caso misto de reprodução das falas dos personagens em que se fundem palavras do narrador e palavras dos personagens; trata-se do discurso indireto livre. Observe a seguinte passagem do romance As meninas, de Lygia Fagundes Telles.

"Aperto o copo na mão. Quando Lorena sacode a bola de vidro a neve sobe tão leve. Rodopia flutuante e depois vai caindo no telhado, na cerca e na menininha de capuz vermelho. Então ela sacode de novo. 'Assim tenho neve o ano inteiro'. Mas por que neve o ano inteiro? Onde é que tem neve aqui? Acha lindo a neve. Uma enjoada. Trinco a pedra de gelo nos dentes."

Na forma do discurso direto, teríamos:

"Então ela sacode de novo e diz:
- Assim tenho neve o ano inteiro.
Mas por que neve o ano inteiro?"

Na forma do discurso indireto, teríamos:

"Então ela sacode de novo e diz que assim tem neve o ano inteiro."

Outro Exemplo
Discurso Direto

- Bom dia. Estou procurando um vestido para minha mulher.
- O senhor sabe o número dela?
- Ela é meio gordinha.
- O maior tamanho que temos é 44.
- Acho que é esse o número dela. Ou 44 ou 88.
- Vou apanhar uns modelos para o senhor ver.

Discuro Indireto (conta com o narrador)

O homem entrou na loja, saudou o vendedor e lhe disse que estava procurando um vestido para sua mulher. O vendedor lhe perguntou o número e ele apenas disse que sua mulher era um pouco gorda, ao que o vendedor respondeu que o maior número que tinham na loja era o 44. O homem afirmou que esse era o número dela, mas que também podia ser o 88. O vendedor saiu e foi buscar alguns modelos para que o homem pudesse vê-los."

Veja mais ainda:

Aí vai tudo o que você precisa saber sobre o assunto, segundo um dos maiores gramáticos brasileiros. Segundo Celso Cunha:

“Discurso direto

Examinando este passo do conto Guaxinim do banhado, de Mário de Andrade:
"O Guaxinim está inquieto, mexe dum lado pra outro. Eis que suspira lá na língua dele - "Chente! que vida dura esta de guaxinim do banhado!..."

Verificamos que o narrador, após introduzir o personagem, o guaxinim, deixou-o expressar-se "Lá na língua dele", reproduzindo-lhe a fala tal como ele a teria organizado e emitido.
A essa forma de expressão, em que o personagem é chamado a apresentar as suas próprias palavras, denominamos discurso direto.

Observação
No exemplo anterior, distinguimos claramente o narrador, do locutor, o guaxinim.
Mas o narrador e locutor podem confundir-se em casos como o das narrativas memorialistas feitas na primeira pessoa. Assim, na fala de Riobaldo, o personagem-narrador do romance de Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa:

"Assaz o senhor sabe: a gente quer passar um rio a nado, e passa; mas vai dar na outra banda é num ponto muito mais embaixo, bem diverso do que em primeiro se pensou. Viver nem não é muito perigoso?"
Ou, também, nestes versos de Augusto Meyer, em que o autor, liricamente identificado com a natureza de sua terra, ouve na voz do Minuano o convite que, na verdade, quem lhe faz é a sua própria alma:
"Ouço o meu grito gritar na voz do vento:
- Mano Poeta, se enganche na minha garupa!"

Características do discurso direto

1. No plano formal, um enunciado em discurso direto é marcado, geralmente, pela presença de verbos do tipo dizer, afirmar, ponderar, sugerir, perguntar, indagar ou expressões sinônimas, que podem introduzi-lo, arrematá-lo ou nele se inserir:
"E Alexandre abriu a torneira:
- Meu pai, homem de boa família, possuía fortuna grossa, como não ignoram." (Graciliano Ramos)
"Felizmente, ninguém tinha morrido - diziam em redor." (Cecília Meirelles)
"Os que não têm filhos são órfãos às avessas", escreveu Machado de Assis, creio que no Memorial de Aires. (A.F. Schmidt)

Quando falta um desses verbos dicendi, cabe ao contexto e a recursos gráficos - tais como os dois pontos, as aspas, o travessão e a mudança de linha - a função de indicar a fala do personagem. É o que observamos neste passo:

"Ao aviso da criada, a família tinha chegado à janela. Não avistaram o menino:
- Joãozinho!
Nada. Será que ele voou mesmo?"

2. No plano expressivo, a força da narração em discurso direto provém essencialmente de sua capacidade de atualizar o episódio, fazendo emergir da situação o personagem, tornando-o vivo para o ouvinte, à maneira de uma cena teatral, em que o narrador desempenha a mera função de indicador das falas.
Daí ser esta forma de relatar preferencialmente adotada nos atos diários de comunicação e nos estilos literários narrativos em que os autores pretendem representar diante dos que os leem "a comédia humana, com a maior naturalidade possível". (Émile Zola)

Discurso indireto
1. Tomemos como exemplo esta frase de Machado de Assis:

"Elisiário confessou que estava com sono."

Ao contrário do que observamos nos enunciados em discurso direto, o narrador incorpora aqui, ao seu próprio falar, uma informação do personagem (Elisiário), contentando-se em transmitir ao leitor o seu conteúdo, sem nenhum respeito à forma linguística que teria sido realmente empregada.
Este processo de reproduzir enunciados chama-se discurso indireto.

2. Também, neste caso, narrador e personagem podem confundir-se num só:

"Engrosso a voz e afirmo que sou estudante." (Graciliano Ramos)

Características do discurso indireto

1. No plano formal verifica-se que, introduzidas também por um verbo declarativo (dizer, afirmar, ponderar, confessar, responder, etc), as falas dos personagens se contêm, no entanto, numa oração subordinada substantiva, de regra desenvolvida:

"O padre Lopes confessou que não imaginara a existência de tantos doudos no mundo e menos ainda o inexplicável de alguns casos."

Nestas orações, como vimos, pode ocorrer a elipse da conjunção integrante:

"Fora preso pela manhã, logo ao erguer-se da cama, e, pelo cálculo aproximado do tempo, pois estava sem relógio e mesmo se o tivesse não poderia consultá-la à fraca luz da masmorra, imaginava podiam ser onze horas." (Lima Barreto)

A conjunção integrante falta, naturalmente, quando, numa construção em discurso indireto, a subordinada substantiva assume a forma reduzida.:

"Um dos vizinhos disse-lhe serem as autoridades do Cachoeiro." (Graça Aranha)

2. No plano expressivo assinala-se, em primeiro lugar, que o emprego do discurso indireto pressupõe um tipo de relato de caráter predominantemente informativo e intelectivo, sem a feição teatral e atualizadora do discurso direto. O narrador passa a subordinar a si o personagem, com retirar-lhe a forma própria da expressão. Mas não se conclua daí que o discurso indireto seja uma construção estilística pobre. É, na verdade, do emprego sabiamente dosado de um e de outro tipo de discurso que os bons escritores extraem da narrativa os mais variados efeitos artísticos, em consonância com intenções expressivas que só a análise em profundidade de uma dada obra pode revelar.

Transposição do discurso direto para o indireto

Do confronto destas duas frases:

"- Guardo tudo o que meu neto escreve - dizia ela." (A.F. Schmidt)

"Ela dizia que guardava tudo o que o seu neto escrevia."

verifica-se que, ao passar-se de um tipo de relato para outro, certos elementos do enunciado se modificam, por acomodação ao novo molde sintático.

a) Discurso direto enunciado em 1ª pessoa.
"-Devia bastar, disse ela; eu não me atrevo a pedir mais." (M. de Assis)

Discurso indireto: enunciado em 3ª pessoa:
"Ela disse que deveria bastar, que ela não se atrevia a pedir mais"

b) Discurso direto: verbo enunciado no presente:
"- O major é um filósofo, disse ele com malícia." (Lima Barreto)

Discurso indireto: verbo enunciado no pretérito imperfeito:
"Disse ele com malícia que o major era um filósofo."

c) Discurso direto: verbo enunciado no pretérito perfeito:
"- Caubi voltou, disse o guerreiro Tabajara."(José de Alencar)

Discurso indireto: verbo enunciado no pretérito mais-que-perfeito:
"O guerreiro Tabajara disse que Caubi tinha voltado."

d) Discurso direto: verbo enunciado no futuro do presente:
"- Virão buscar V muito cedo? - perguntei."(A.F. Schmidt)

Discurso indireto: verbo enunciado no futuro do pretérito:
"Perguntei se viriam buscar V. muito cedo"

e) Discurso direto: verbo no modo imperativo:
"- Segue a dança! , gritaram em volta. (A. Azevedo)

Discurso indireto: verbo no modo subjuntivo:
"Gritaram em volta que seguisse a dança."

f) Discurso direto: enunciado justaposto:
"O dia vai ficar triste, disse Caubi."

Discurso indireto: enunciado subordinado, geralmente introduzido pela integrante que:
"Disse Caubi que o dia ia ficar triste."

g) Discurso direto:: enunciado em forma interrogativa direta:
"Pergunto - É verdade que a Aldinha do Juca está uma moça encantadora?" (Guimarães Rosa)

Discurso indireto: enunciado em forma interrogativa indireta:
"Pergunto se é verdade que a Aldinha do Juca está uma moça encantadora."

h) Discurso direto: pronome demonstrativo de 1ª pessoa (este, esta, isto) ou de 2ª pessoa (esse, essa, isso).
"Isto vai depressa, disse Lopo Alves."(Machado de Assis)

Discurso indireto: pronome demonstrativo de 3ª pessoa (aquele, aquela, aquilo).
"Lopo Alves disse que aquilo ia depressa."

i) Discurso direto: advérbio de lugar aqui:
"E depois de torcer nas mãos a bolsa, meteu-a de novo na gaveta, concluindo:
- Aqui, não está o que procuro."(Afonso Arinos)

Discurso indireto: advérbio de lugar ali:
"E depois de torcer nas mãos a bolsa, meteu-a de novo na gaveta, concluindo que ali não estava o que procurava."

Discurso indireto livre

Na moderna literatura narrativa, tem sido amplamente utilizado um terceiro processo de reprodução de enunciados, resultante da conciliação dos dois anteriormente descritos. É o chamado discurso indireto livre, forma de expressão que, ao invés de apresentar o personagem em sua voz própria (discurso direto), ou de informar objetivamente o leitor sobre o que ele teria dito (discurso indireto), aproxima narrador e personagem, dando-nos a impressão de que passam a falar em uníssono.

Comparem-se estes exemplos:
"Que vontade de voar lhe veio agora! Correu outra vez com a respiração presa. Já nem podia mais. Estava desanimado. Que pena! Houve um momento em que esteve quase... quase!
Retirou as asas e estraçalhou-a. Só tinham beleza. Entretanto, qualquer urubu... que raiva... " (Ana Maria Machado)
"D. Aurora sacudiu a cabeça e afastou o juízo temerário. Para que estar catando defeitos no próximo? Eram todos irmãos. Irmãos." (Graciliano Ramos)
"O matuto sentiu uma frialdade mortuária percorrendo-o ao longo da espinha.
Era uma urutu, a terrível urutu do sertão, para a qual a mezinha doméstica nem a dos campos possuíam salvação.
Perdido... completamente perdido..."
( H. de C. Ramos)

Características do discurso indireto livre

Do exame dos enunciados em itálico comprova-se que o discurso indireto livre conserva toda a afetividade e a expressividade próprios do discurso direto, ao mesmo tempo que mantém as transposições de pronomes, verbos e advérbios típicos do discurso indireto. É, por conseguinte, um processo de reprodução de enunciados que combina as características dos dois anteriormente descritos.
1. No plano formal, verifica-se que o emprego do discurso indireto livre "pressupõe duas condições: a absoluta liberdade sintática do escritor (fator gramatical) e a sua completa adesão à vida do personagem (fator estético) " (Nicola Vita In: Cultura Neolatina).
Observe-se que essa absoluta liberdade sintática do escritor pode levar o leitor desatento a confundir as palavras ou manifestações dos locutores com a simples narração. Daí que, para a apreensão da fala do personagem nos trechos em discurso indireto livre, ganhe em importância o papel do contexto, pois que a passagem do que seja relato por parte do narrador a enunciado real do locutor é, muitas vezes, extremamente sutil, tal como nos mostra o seguinte passo de Machado de Assis:

"Quincas Borba calou-se de exausto, e sentou-se ofegante. Rubião acudiu, levando-lhe água e pedindo que se deitasse para descansar; mas o enfermo após alguns minutos, respondeu que não era nada. Perdera o costume de fazer discursos é o que era."

2. No plano expressivo, devem ser realçados alguns valores desta construção híbrida(que contem um pouco de ambos os discursos):

a) Evitando, por um lado, o acúmulo de quês, ocorrente no discurso indireto, e, por outro lado, os cortes das oposições dialogadas peculiares ao discurso direto, o discurso indireto livre permite uma narrativa mais fluente, de ritmo e tom mais artisticamente elaborados;

b) O elo psíquico que se estabelece entre o narrador e personagem neste molde frásico torna-o o preferido dos escritores memorialistas, em suas páginas de monólogo interior;

c) Finalmente, cumpre ressaltar que o discurso indireto livre nem sempre aparece isolado em meio da narração. Sua "riqueza expressiva aumenta quando ele se relaciona, dentro do mesmo parágrafo, com os discursos direto e indireto puro", pois o emprego conjunto faz que para o enunciado confluam, "numa soma total, as características de três estilos diferentes entre si".

Fonte: Celso Cunha in Gramática da Língua Portuguesa, 2ª edição, MEC-FENAME.
http://www.algosobre.com.br/redacao/discurso-direto-e-indireto.html

Bom estudo!!

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Exercícios ortográficos

Não esqueça de ler as dicas ortográficas que eu postei ontem.
Depois de ler, pratique!!


1. (IBGE) Entre as opções abaixo, somente uma completa corretamente as lacunas apresentadas a seguir. Assinale-a: Na cidade carente, os .......... resolveram .......... seus direitos, fazendo um .......... assustador.

a) mendingos; reivindicar; rebuliço
b) mindigos; reinvidicar, rebuliço
c) mindigos; reivindicar, reboliço
d) mendigos; reivindicar, rebuliço
e) mendigos; reivindicar, reboliço

2. (IBGE) Assinale a opção em que todas as palavras se completam adequadamente com a letra entre parênteses:
a) en.....aguar / pi.....e / mi.....to (x)
b) exce.....ão / Suí.....a / ma.....arico (ç)
c) mon.....e / su.....estão / re.....eitar (g)
d) búss.....la / eng.....lir / ch.....visco (u)
e) .....mpecilho / pr.....vilégio / s.....lvícola (i)

3. (TRE-SP) Foram insuficientes as ....... apresentadas, ....... de se esclarecerem os ...... .
a) escusas - a fim - mal-entendidos
b) excusas - afim - mal-entendidos
c) excusas - a fim - malentendidos
d) excusas - afim - malentendidos
e) escusas - afim - mal-entendidos

4. (TRE-SP) Este meu amigo .......... vai ..........-se para ter direito ao título de eleitor.
a) extrangeiro - naturalizar
b) estrangeiro - naturalisar
c) extranjeiro - naturalizar
d) estrangeiro - naturalizar
e) estranjeiro - naturalisar

5. (TTN) Assinale a alternativa em que todas as palavras estão corretamente grafadas:
a) quiseram, essência, impecílio
b) pretencioso, aspectos, sossego
c) assessores, exceção, incansável
d) excessivo, expontâneo, obseção
e) obsecado, reinvidicação, repercussão

6. (FT) A alternativa cujas palavras se escrevem respectivamente com -são e
-ção, como "expansão" e "sensação", é:
a) inven..... / coer.....
b) absten..... / asser.....
c) dimen..... / conver.....
d) disten..... / inser.....
e) preten..... / conver..

7. (U-UBERLÂNDIA) Das palavras abaixo relacionadas, uma não se escreve com h inicial. Assinale-a:
a) hélice
b) halo
c) haltere
d) herva
e) herdade

8. (EPCAR) Só não se completa com z:
a) repre( )ar
b) pra( )o
c) bali( )a
d) abali( )ado
e) despre( )ar

9. (EPCAR) Completam-se com g os vocábulos abaixo, menos:
a) here( )e
b) an( )élico
c) fuli( )em
d) berin( )ela
e) ti( )ela

10. (BB) Alternativa correta:
a) estemporanêo
b) escomungado
c) esterminado
d) espontâneo
e) espansivo

GABARITO NA POSTAGEM SOBRE O LIVRO "DISTRAÍDOS VENCEREMOS" DE PAULO LEMINSKI. NÃO DEIXA DE LER SOBRE A OBRA. FOI PEDIDA NA UFES E LEMINSKI É BOM DEMAIS.


Acordo Ortográfico

Exercícios - Lista 1
1 – Identifique a alternativa em que há um vocábulo cuja grafia não atende ao
previsto no Acordo Ortográfico:
a) aguentar – tranquilidade – delinquente – arguir – averiguemos;
b) cinquenta – aguemos – linguística – equestre – eloquentemente;
c) apaziguei – frequência – arguição – delinquência – sequestro;
d) averiguei – inconsequente – bilíngue – linguiça – quinquênio;
e) sequência – redargüimos – lingueta – frequentemente – bilíngue.

2 – Assinale a opção em que figura uma forma verbal grafada, consoante a
nova ortografia, erroneamente:
a) verbo ter:
tem detém contém mantém retém
têm detêm contêm mantêm retêm
b) verbo vir:
vem advém convém intervém provém
vêm advêm convêm intervêm provêm
c) verbos ler e crer:
lê relê crê descrê
leem releem creem descreem
d) verbos dar e ver:
Rua Rodrigues Caldas,30 :: Bairro Santo Agostinho :: Belo Horizonte :: MG :: Brasil :: Telefone (31) 2108 7000
dê desdê vê revê provê
deem desdeem veem reveem provêm
e) verbos derivados de ter:
abstém atém obtém entretém
abstêm atêm obtêm entretêm

3 – Identifique a alternativa em que um dos vocábulos, segundo o Acordo
Ortográfico, recebeu indevidamente acento gráfico:
a) céu – réu – véu;
b) chapéu – ilhéu – incréu;
c) anéis – fiéis – réis;
d) mói – herói – jóia;
e) anzóis – faróis – lençóis.

4 – As sequências abaixo contêm paroxítonas que, segundo determinada
regra do Acordo Ortográfico, não são acentuadas.
Deduza qual é essa regra e assinale a alternativa a que ela não se aplica:
a) aldeia – baleia – lampreia – sereia;
b) flavonoide – heroico – reumatoide – prosopopeia;
c) apoia – corticoide – jiboia – tipoia;
d) Assembleia – ideia – ateia – boleia;
e) Crimeia – Eneias – Leia – Cleia.
Rua Rodrigues Caldas,30 :: Bairro Santo Agostinho :: Belo Horizonte :: MG :: Brasil :: Telefone (31) 2108 7000

5 – Identifique a opção em que todas as palavras compostas estão grafadas
de acordo com as novas regras:
a) anti-higiênico – antiinflamatório – antiácido – antioxidante – anti-colonial –
antirradiação – antissocial;
b) anti-higiênico – anti-inflamatório – antiácido – antioxidante – anticolonial – antiradiação
– anti-social;
c) anti-higiênico – anti-inflamatório – antiácido – antioxidante – anticolonial –
antirradiação – antissocial;
d) anti-higiênico – anti-inflamatório – anti-ácido – anti-oxidante – anticolonial –
antirradiação – antissocial;
e) anti-higiênico – anti-inflamatório – anti-ácido – anti-oxidante – anti-colonial –
antirradiação – antissocial.

6 – Conforme o Acordo Ortográfico, os prefixos pós-, pré- e pró-, quando
átonos, aglutinam-se com o segundo elemento do termo composto.
Marque a alternativa em que, segundo as novas regras, há erro de ortografia:
a) posdatar – predatar – proamericano – progermânico;
b) predefinir – predestinar – predizer – preexistência;
c) prejulgar – prelecionar – prenomear – preordenar;
d) preanunciar – preaquecer – preconcebido – precognição;
e) preposto – procônsul – procriação – prolação.

7 – O uso do acento diferencial, consoante as novas regras, é facultativo nos
seguintes casos, exceto em:
a) fôrma (significando molde)
Rua Rodrigues Caldas,30 :: Bairro Santo Agostinho :: Belo Horizonte :: MG :: Brasil :: Telefone (31) 2108 7000
b) pôde (no pretérito perfeito do indicativo);
c) cantámos (no pretérito perfeito do indicativo);
d) amámos (no pretérito perfeito do indicativo);
e) dêmos (no presente do subjuntivo).

8 – Identifique a alternativa em que todas as palavras compostas estão
grafadas de acordo com as novas regras:
a) miniquadro – minissubmarino – minirretrospectiva – mini-saia;
b) sub-bibliotecário – sub-humano – sub-hepático – sub-região;
c) infra-assinado – infra-estrutura – infra-hepático – infravermelho;
d) hiperácido – hiperespaço – hiper-humano – hiperrealista;
e) contra-acusação – contra-indicação – contraespionagem – contra-harmônico.

Buen Trabajo!!

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Tá precisando escrever melhor?? Então, se liga nessas DICAS ORTOGRÁFICAS

Aí Pessoal, eu faço muita questão que vocês tenham isso no caderno e mais questão ainda, que fique na cabeça!!

Dicas de português

- Ortografia


DÍLSON CATARINO
especial para o Fovest Online

A palavra Ortografia é formada por "orto", elemento de origem grega, usado como prefixo, com o significado de direito, reto, exato e "grafia", elemento de composição de origem grega com o significado de ação de escrever; ortografia, então, significa ação de escrever direito. É fácil escrever direito? Não!! É, de fato, muito difícil conhecer todas as regras de ortografia a fim de escrever com o mínimo de erros ortográficos. Hoje tentaremos facilitar um pouco mais essa matéria. Abaixo seguem algumas frases com as respectivas regras sobre o uso de ç, s, ss, z, x... Vamos a elas:



01) Uma das intenções da casa de detenção é levar o que cometeu graves infrações a alcançar a introspecção, por intermédio da reeducação.

a) Usa-se ç em palavras derivadas de vocábulos terminados em TO:
intento = intenção
canto = canção
exceto = exceção
junto = junção

b) Usa-se ç em palavras terminadas em TENÇÃO referentes a verbos derivados de TER:
deter = detenção
reter = retenção
conter = contenção
manter = manutenção

c) Usa-se ç em palavras derivadas de vocábulos terminados em TOR:
infrator = infração
trator = tração
redator = redação
setor = seção

d) Usa-se ç em palavras derivadas de vocábulos terminados em TIVO:
introspectivo = introspecção
relativo = relação
ativo = ação
intuitivo – intuição

e) Usa-se ç em palavras derivadas de verbos dos quais se retira a desinência R:
reeducar = reeducação
importar = importação
repartir = repartição
fundir = fundição

f) Usa-se ç após ditongo quando houver som de s:
eleição
traição


02) A pretensa diversão de Creusa, a poetisa vencedora do concurso, implicou a sua expulsão, porque pôs uma frase horrorosa sobre a diretora Luísa.

a) Usa-se s em palavras derivadas de verbos terminados em NDER ou NDIR:
pretender = pretensão, pretensa, pretensioso
defender = defesa, defensivo
compreender = compreensão, compreensivo
repreender = repreensão
expandir = expansão
fundir = fusão
confundir = confusão

b) Usa-se s em palavras derivadas de verbos terminados em ERTER ou ERTIR:
inverter = inversão
converter = conversão
perverter = perversão
divertir = diversão

c) Usa-se s após ditongo quando houver som de z:
Creusa
coisa
maisena

d) Usa-se s em palavras terminadas em ISA, substantivos femininos:
Luísa
Heloísa
Poetisa
Profetisa

Obs: Juíza escreve-se com z, por ser o feminino de juiz, que também se escreve com z.

e) Usa-se s em palavras derivadas de verbos terminados em CORRER ou PELIR:
concorrer = concurso
discorrer = discurso
expelir = expulso, expulsão
compelir = compulsório

f) Usa-se s na conjugação dos verbos PÔR, QUERER, USAR:
ele pôs
ele quis
ele usou

g) Usa-se s em palavras terminadas em ASE, ESE, ISE, OSE:
frase
tese
crise
osmose
# Exceções: deslize e gaze.

h) Usa-se s em palavras terminadas em OSO, OSA:
horrorosa
gostoso
# Exceção: gozo


03) I -Teresinha, a esposa do camponês inglês, avisou que cantaria de improviso.

II -Aterrorizada pela embriaguez do marido, a mulherzinha não fez a limpeza.

a) Usa-se o sufixo indicador de diminutivo INHO com s quando esta letra fizer parte do radical da palavra de origem; com z quando a palavra de origem não tiver o radical terminado em s:
Teresa = Teresinha
Casa = casinha
Mulher = mulherzinha
Pão = pãozinho

b) Os verbos terminados em ISAR serão escritos com s quando esta letra fizer parte do radical da palavra de origem; os terminados em IZAR serão escritos com z quando a palavra de origem não tiver o radical terminado em s:
improviso = improvisar
análise = analisar
pesquisa = pesquisar
terror = aterrorizar
útil = utilizar
economia = economizar

c) As palavras terminadas em ÊS e ESA serão escritas com s quando indicarem nacionalidade, títulos ou nomes próprios; as terminadas em EZ e EZA serão escritas com z quando forem substantivos abstratos provindos de adjetivos, ou seja, quando indicarem qualidade:
Teresa
Camponês
Inglês
Embriaguez
Limpeza


04) O excesso de concessões dava a impressão de compromisso com o progresso.

a) Os verbos terminados em CEDER terão palavras derivadas escritas com CESS:
exceder = excesso, excessivo
conceder = concessão
proceder = processo

b) Os verbos terminados em PRIMIRterão palavras derivadas escritas com PRESS:
imprimir = impressão
deprimir = depressão
comprimir = compressa

c) Os verbos terminados em GREDIRterão palavras derivadas escritas com GRESS:
progredir = progresso
agredir = agressor, agressão, agressivo
transgredir = transgressão, transgressor

d) Os verbos terminados em METERterão palavras derivadas escritas com MISSou MESS:
comprometer = compromisso
prometer = promessa
intrometer = intromissão
remeter = remessa


05) Para que os filhos se encorajem, o lojistacome jilócom canjica.

a) Escreve-se com j a conjugação dos verbos terminados em JAR:
Viajar = espero que eles viajem
Encorajar = para que eles se encorajem
Enferrujar = que não se enferrujem as portas

b) Escrevem-se com j as palavras derivadas de vocábulos terminados em JA:
loja = lojista
canja = canjica
sarja = sarjeta
gorja = gorjeta

c) Escrevem com j as palavras de origem tupi-guarani.
Jiló
Jibóia
Jirau


06) O relógioque ele trouxe da viagemao Méxicoem uma caixade madeira caiu na enxurrada.

a) Escrevem-se com g as palavras terminadas em ÁGIO, ÉGIO, ÍGIO, ÓGIO, ÚGIO:
pedágio
sacrilégio
prestígio
relógio
refúgio

b) Escrevem-se com g os substantivos terminados em GEM:
a viagem
a coragem
a ferrugem
# Exceções: pajem, lambujem

c) Palavras iniciadas por ME serão escritas com x:
Mexerica
México
Mexilhão
Mexer
# Exceção: mecha de cabelos

d) As palavras iniciadas por EN serão escritas com x, a não ser que provenham de vocábulos iniciados por ch:
Enxada
Enxerto
Enxurrada
Encher – provém de cheio
Enchumaçar – provém de chumaço

e) Usa-s x após ditongo:
ameixa
caixa
peixe
# Exceções: recauchutar, guache


Pronto. Memorizando essas regras, já não haverá tantos problemas em ortografia.

Eu realmente espero que sejam úteis!!


Agradeça ao prof. DÍLSON CATARINO. Ele é professor de língua
portuguesa e poeta e leciona em Londrina (PR).

Fale com o professor: dilster@uol.com.br

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Teste Surpresa!!!!! Faz aí e vê como vc está! Especial pro 3º Ano, mas todo mundo pode fazer!!

De vez em quando eu vou jogar umas bombas desse tipo pra vc se testar. É para o terceirão, pra Marianna, pra Sara, pro Demétrios, pra Karol, pra Paulinha Ker e todos os outros, mas é também pra Gabriela Fritz (minha editora chefe), pra Jéssica, pra Mayza, Ayres, Nathalia, pro 3ºA3, incluindo o Felipe, meu filho, a Leilane, a Karlinha, a Dayane, o Kaio e a Mariem, lá no Polivalente... pra eles e pra todo mundo que tá seguindo o blog, com vontade aprender.
Se vc for do 2º Ano do Orlando, ou dos primeiros do Cel Calhau, é uma sugestão do tipo "se eu fosse você, eu faria!" Lembre-se que é importante estudar todos os dias, disciplinadamente.

Eu não vivo de cobranças. Ninguém costuma me dizer duas vezes o que eu preciso fazer.

"Muito prazer, meu nome é otário,
Vindo de outros tempos, mas sempre no horário
Peixe fora d'agua, borboletas no aquário..."

Lembra??

Aliás, quem quiser rever os vídeos da aula de hoje, e associar com os conceitos do cap 7 do livro (sobre formalismo poético), entra na postagem com título "Engenheiros na escola", de julho do ano passado. Humberto tá lindão!!

Então... Bom trabalho!

Testes

01. Qual das frases abaixo está incorreta?
a) Há muitos alunos naquela sala.
b) Comprei bastantes figurinhas para o meu álbum.
c) Quero que entenda-me: não sou esse tipo de pessoa.
d) Vamos apreçar o negócio!
e) V.Exa. não tem o direito de proferir tais acusações.

02. Qual a alternativa certa?
a) Condições metereológicas ou meteorológicas?
b) Carangueijo ou caranguejo?
c) Chimpanzé ou chipanzé?
d) Chegou de sopetão ou de supetão?
e) Cabelereiro ou cabeleireiro?

03. Uma das palavras abaixo não corresponde à significação a ela atribuída. Qual é?
a) Apóstrofe: interpelação direta e imprevista. Ex: "Deus, ó Deus! Onde estás que não respondes..."
b) Bimensal: evento que ocorre de dois em dois meses.
c) Cerrar: fechar, unir duas partes, obstruir abertura.
d) Concerto: ação de fazer soar, harmonizar.
e) Discriminação: distinguir, segregar.

04. A oração seguinte apresenta um defeito. Qual?
"A fábrica garante o produto contra todos os defeitos de fabricação, exceto os decorrentes de uso indevido."

05. Identifique o problema da frase:
"As aquisições feitas pelo grupo estão na casa de US$ 5,4 bilhões, incluindo as participações dos sócios da VBC em cada operação."

06. Acentue os 'as' que pedem crase:
a) Vai a Fortaleza amanhã.
b) Obedece a todas as leis.
c) Ele foi a Brasília de todos os santos
d) Compareceu a CPI ontem
e) Ela é temente a santa Úrsula

07. Identifique o que há de discutível nessa frase:
"Conhecer a língua é indispensável para se produzir um bom texto."

08. A regência é um dos mecanismos que indicam as correlações entre as palavras. Observe os enunciados que seguem:
I- Afinal fez-se justiça ao senador que o Senado denunciava.
II- Afinal fez-se justiça ao senador que do Senado desconfiava
III- Afinal fez-se justiça ao senador de que o Senado desconfiava.

Há ambiguidade:
a) Só em I.
b) Só em II.
c) Só em II e III.
d) Só em I e II.
e) Em I, II e III.

09. No uso de pronomes pessoais há nítidas diferenças entre as variantes do português. Assinale a alternativa em que o uso está de acordo com a variante culta escrita.
a) Entre os convidados e eu estavam algumas pessoas estranhas.
b) Não deixaram ela dizer nenhuma palavra.
c) Se fosse para mim decidir, eu não aceitaria a proposta
d) V. Exa. conhece bem seus assessores e o eleitorado que o apóia.
e) Não lhe deixou em paz durante a reunião.

10. As duas frases abaixo são de uma entrevista de Fidel Castro, dada a um jornalista. Intencionalmente não identificamos o responsável pelas falas:
- Em Cuba, até as universitárias são prostitutas.
- Em Cuba, até as prostitutas são universitárias.

Aponte a alternativa incorreta:
a) As duas frases apresentam as mesmas palavras e, por isso, têm o mesmo sentido.
b) A primeira frase expressa uma crítica do jornalista ao regime cubano.
c) A segunda frase ressalta os progressos conseguidos por Cuba na educação pública.
d) Na segunda frase Fidel Castro argumenta em favor de Cuba.
e) A primeira frase sugere que, em Cuba, os profissionais em geral são muito mal pagos, independentemente do seu grau de escolaridade.

Agora anota o seu gabarito. As respostas, estão na publicação sobre o livro "Pepita Jimenez" de Juan Valera, que eu fiz em 28 de outubro de 2010, acessa lá!! E vê se lê sobre o livro primeiro.

Bom trabalho!!

Divirta-se!!

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Dá uma bela olhada aqui e depois me fale sobre Dom Quixote e você!!!

Todo estudante do Ensino Médio das escola públicas brasileiras tem de entender "Dom Quixote". O livro, a música dos Engenheiros e o sentido de ser um "perdido" no Sistema Educacional, principalmente no Sistema público de Educação do Estado de Minas.

Todo estudante do Ensino Médio das Escolas Públicas MINEIRAS devia se autodeterminar a conseguir a vaga a que tem direito em suas universidades federais PÚBLICAS e GRATUITAS.

O MUNDO NÃO É DOS ESPERTOS. O MUNDO É DOS QUE SE SUPERAM, APESAR DE TUDO.

Se você nunca leu Dom Quixote, uma das críticas mais gritantes da literatura, tá na hora de corrigir isso!!

Comece lendo o resumo, depois ouça os Engenheiros, trace um paralelo e pense sobre você mesmo.



A história do romance Dom Quixote de la Mancha se passa em uma pequena aldeia da Espanha, na província da Mancha. O protagonista é um ingênuo cinquentão, que vivia na zona rural. Tinha nome nobre, porém, poucas posses. Vivia em um velho casarão, com uma jovem sobrinha, uma governanta e um rapaz que cuidava da fazenda. A casa tinha uma extensa biblioteca, lotada de novelas de cavalaria, era toda ornamentada com escudos e lanças antigos, o que talvez tenha sido elemento fundamental nos problemas do personagem, cujo nome verdadeiro era dom Alonso Quixano. Alonso passava o tempo lendo livros sobre heróis que saíam pelo mundo matando vilões e honrando suas amadas. Leu tanto que isso tornou-se uma obsessão, até o dia em que decidiu, ele mesmo, tornar-se um cavaleiro andante. Alonso muda o nome para Dom Quixote de la Mancha, se veste com uma armadura e monta em um velho pangaré, batizado de Rocinante. A princípio, sai sozinho de casa. Seu plano era andar pelo mundo, desfazendo injustiças, salvando donzelas e combatendo gigantes e dragões. Como todos os cavaleiros tinham uma amada, para quem dedicava suas aventuras heróicas, D. Quixote inventa Dulcineia, na verdade, uma camponesa chamada Aldonça, que vivia na aldeia de Toboso. Era feia, desajeitada e analfabeta, mas o cavaleiro passa a fantasiar que ela era mais bela que todas as damas dos livros. Ele passa por maus bocados, mete-se em apuros, leva surras e volta para casa todo dolorido para se recuperar, certo de que voltaria às aventuras. Sua sobrinha, extremamente preocupada, com a sanidade do tio, une-se ao vigário e ao amigo Nicolau e queima todos os livros da biblioteca, mandando emparedar a porta. Quando ele se recupera constata que os livros haviam sumido. A governanta lhe diz que o sumiço foi obra de um feiticeiro e ele acredita. Num de seus passeios conhece um simplório lavrador, gorducho e baixinho, de nome Sancho Pança, que concorda em acompanhá-lo em suas andanças, como escudeiro, sob a promessa de, um dia, ganhar uma ilha como pagamento por seu heroísm, o que era muito comum entre cavaleiros. Numa noite, escondidos, deixaram a aldeia: o cavaleiro montado em Rocinante e Sancho, num burrinho. Seguiram-se muitas e desastradas aventuras. Numa delas Sancho atribui uma nova alcunha ao amo: Cavaleiro da Triste Figura, pelo estado lamentável em que ficou, no último combate. Depois ele se auto-intitula "Cavaleiro dos Leões", por enfrentar um leão que encontrou junto à uma comitiva na estrada. O tratador se viu obrigado, diante da imposição de D. Quixote, a abrir a jaula. O leão não quis sair. Porém todos comprovaram que ele estava mesmo disposto a enfrentar a fera. Continuando as andanças D. Quixote vive sob a alucinação de que está realmente vivendo na época áurea da cavalaria. Vê pás de moinhos de vento e imagina que são gigantes com braços enormes. Vive situações tão humilhantes quanto engraçadas, antes de retornar à Mancha. Depois de muitas desventuras, D. Quixote acorda de um longo sono, anuncia que a loucura o havia deixado e volta a ser Dom Alonso Quixano. Decide fazer seu testamento, deixando as terras para a sobrinha, uma quantia em dinheiro para a governanta e Sancho e, aos amigos, a lembrança de que, apesar da loucura, viveu cheio de dignidade e bondade. Assim morreu um herói que, na sua loucura, foi tão corajoso quanto os verdadeiros heróis da cavalaria, pois se propôs a tornar real sua fantasia.
http://pt.shvoong.com/books/503363-dom-quixote-la-mancha/

Agora assista ao clipe, ouça a música com calma e preste muita, muita, mas muita atençao mesmo na letra. Observe o jeito gostoso que o Humberto tem de cantar, e lembre-se que, melhor de tudo... é poder compreender o que ele canta.

Curte aí:


Muito prazer, meu nome é otário
Vindo de outros tempos mas sempre no horário
Peixe fora d'água, borboletas no aquário
Muito prazer, meu nome é otário
Na ponta dos cascos e fora do páreo
Puro sangue, puxando carroça

Um prazer cada vez mais raro
Aerodinâmica num tanque de guerra,
Vaidades que a terra um dia há de comer.
"Ás" de Espadas fora do baralho
Grandes negócios, pequeno empresário.

Muito prazer me chamam de otário
Por amor às causas perdidas.

Tudo bem, até pode ser
Que os dragões sejam moinhos de vento
Tudo bem, seja o que for
Seja por amor às causas perdidas
Por amor às causas perdidas

Tudo bem... Até pode ser
Que os dragões sejam moinhos de vento
Muito prazer... Ao seu dispor
Se for por amor às causas perdidas
Por amor às causas perdidas

Ok, Pessoal!

De uma coisa para outra, mas sempre no mesmo entorno, em todos os 1º Anos, das duas escolas, eu vou dar uma encrementada nos estudos sobre "Poesia". No 1º A1 e no 2 do Coronel já começamos. Vamos ver que a História da Literatura Brasileira começa na Portuguesa, lá na Idade Média, com o Trovadorismo, e vocês vão precisar dessa base sobre forma poética, para avançar, depois das Cantigas.

Sugiro que após a leitura do capítulo 7 do nosso livro, vocês passeiem por alguns sites específicos, como esse aqui:

http://www.clubedapoesia.com.br/aprendendo/aprenda.htm

Vai ajudar a ampliar suas informações.

Adonay,

Não precisa imprimir, mas quem é do 2º e do 3º ano do Orlando também deveria ver, até porque você, Karol, Paula,Sarah, Marianna e cia ltda precisam reiterar isso. Elas vão falar da poesia dos anos 30. Você de poesia romântica do sec XIX então eu acho que...
o bicho vai pegar, se não aprofundarmos as análises.

É só uma sugestão... Daquelas que vocês estão sempre seguindo.

Tô preparando mais coisa hoje. Fikem ligados.

Bjussss